Depois de muito tempo, o Inter parece ter um time de futebol. A torcida já conhece o goleiro, os laterais, os volantes, o camisa 10 e o atacante. Faltam ainda um zagueiro confiável – Klaus, não é um primor técnico, vai se impor pela presença –, um meio-campista que marque e saiba jogar e um companheiro para Nico López – provavelmente Carlos. Aquele pesadelo visto em 2016 vai sendo esquecido.
É claro que a equipe precisa evoluir e não dá para comemorar nada, mas Antônio Carlos Zago parece ter uma ideia clara de como o Inter precisa entrar em campo: mordendo, tocando a bola, dominando o meio e dando liberdade para D'Alessandro. Só que para o gringo render, Zago terá de encontrar o parceiro de Dourado e Charles. Não é Anselmo. O nome que me vem em mente é Arouca – seria impossível tirá-lo do Palmeiras? Poderia ser o Anderson, se ele não fosse tão descompromissado. O jogo contra o Caxias, neste sábado, é um teste interessante.
Ficar com Paulão foi um erro
Eu não acho o Paulão um desastre. Nem o Ernando. Porém, como torcedor, não tenho mais paciência com eles. Deveriam ter sido emprestados ou trocados tão logo terminou o Campeonato Brasileiro. Ernando era a cara do fracasso. O Vasco quis pagar 65% do salário de Paulão, e a direção negou. São coisas que não da para entender.
O argumento de que está difícil contratar não cola. Há muitos zagueiros do nível deles e melhores por aí, inclusive na base. É o tipo de estratégia que afasta a torcida do envolvimento total com a equipe. Se cochilar o cachimbo cai, Medeiros!
*Maurício Tonetto é interino.
*Diário Gaúcho