O gramado sintético do Atlético-PR entrou na mira dos clubes da Série A. Em uma ideia levantada pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, durante o Congresso Técnico da CBF, nesta segunda-feira, o campo artificial pode ser vetado definitivamente no Brasileirão a partir de 2018. Em 2017, o tapete rubro-negro ficará sob análise e em um período probatório.
– Há um desequilíbrio técnico – argumentou Eurico. Curiosamente, o Vasco nunca atuou no estádio desde que o gramado passou a ser sintético.
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A votação foi por 15 a 5 pela proibição. Com isso, haverá um dispositivo no regulamento explicando a situação, prevendo que o time paranaense ao menos permita que os visitantes façam um treino de reconhecimento. O regulamento de 2017 vai dizer que o sintético está vetado em 2018. Mas em 2018 pode haver outra votação, liberando esse tipo de grama.
– No regulamento, você pode incluir dispositivos transitórios. Mas isso não impede que os clubes rejeitem isso no conselho do ano que vem. A transição vai ser os clubes poderem treinar no dia anterior. O regulamento tem de prever. Está nas regras do jogo: o gramado é natural, mas serão permitidos artificiais ou híbridos, desde que permitidos em regulamento – disse Manoel Flores, diretor de competições da CBF.
Colocar o gramado sintético na berlinda não afeta só o Atlético-PR, O Palmeiras, por exemplo, votou contra. O clube pretende colocar grama artificial no Allianz Parque e vai ter que ficar de olho no desfecho da história.
– O pessoal acha que gramado sintético prejudica algumas equipes. Houve questionamentos. Optou-se por fazer uma transição, que neste ano se jogue pensando em adaptá-lo para o ano que vem. Nós não concordamos, porque jogamos lá e vimos que não é sintética comum, como eles pensaram – explicou o vice-presidente palmeirense, Genaro Marino.
*LANCEPRESS