Caso o avião que levava a Chapecoense tivesse feito uma parada no aeroporto de Bogotá, na Colômbia, o voo teria um custo extra de R$ 10 mil, incluindo combustível e taxa aeroportuária, e demoraria uma hora a mais. A ação, que provavelmente evitaria a tragédia que matou 71 pessoas, é uma sugestão do coronel Douglas Machado, especialista em investigações de acidentes aéreos ouvido pela Folha de S. Paulo.
De acordo com o especialista, a decisão de realizar o voo no limite pode ter a ver com o tempo estimado de viagem.
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– Na tentativa de agradar o cliente, provavelmente o piloto optou por chegar rápido ao destino, mas a partir de um risco desnecessário – diz o especialista.
Além disso, pilotos profissionais dizem que houve conflito de interesses, já que o piloto responsável pelo voo era também sócio da companhia aérea LaMia. Josmeyr Oliveira, advogado especializado em causas aeronáuticas ouvido pelo jornal, concorda:
– Se fosse um piloto contratado, ele pensaria na própria vida e pararia no primeiro aeroporto que visse.