Mais do que a decisão do título, o GP do Brasil neste ano tem um componente emocional para os fãs de Fórmula-1. É este o tema do texto do jornalista Paulo Lava.
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Grande público em Interlagos no próximo domingo. É o mínimo que se espera para uma programação na qual o maior destaque fica para a 20ª e penúltima etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 (largada prevista para as 14h, transmissão ao vivo pela RBS TV). E, nesta corrida, que é um verdadeiro sucesso de público desde sua primeira edição (evento extraoficial, dia 30/3/1972), ninguém pode arriscar nada em termos de prognósticos. A briga entre os dois destaques da temporada – Nico Rosberg (ALE) e Lewis Hamilton (ING) – segue aberta e pode ter sua definição apenas na última etapa, em Abu Dhabi.
Eventual decisão de campeonato à parte, o fato é que no próximo dia 13, faça chuva ou faça sol, comparecer ao autódromo paulistano é até uma obrigação para quem aprecia um espetáculo de alto nível, composto de pegas do início ao fim. Assim, não tem desculpa. Quem deseja um bom programa deverá obrigatoriamente prestigiar a penúltima etapa. Se possível, com a família e amigos. Você – e seus convidados – prepara o clima fora da pista. Lá dentro, a festa fica por conta dos pilotos. Sem falar que, neste domingo, o brasileiro Felipe Massa (Williams) fará sua última corrida em frente aos seus compatriotas. Alias, ver de perto a despedida de Felipe Massa será um privilégio e assim deve ser encarado pelo público. Até porque, na pista que consagrou diversos nomes de destaque do automobilismo internacional, e, definitivamente, serviu para fortificar as raízes de um esporte que ainda engatinhava no país, tudo o que acontecer com ele será pela última vez. Neste domingo, o piloto do monoposto número 19 irá repetir, pela 14ª vez desde 2002, o ritual de acordar cedo e participar de uma etapa do Mundial em Interlagos. A partir daí, tudo será pela última vez. A última conversa com seus mecânicos. A última sessão de autógrafos e 'selfies'. A última entrevista no grid. A última volta de apresentação. A última largada. A última ocasião na qual ele fará ultrapassagens. A última defesa de uma posição. A última colocação entre os cinco primeiros. Quem sabe, o último pódio da carreira. Tudo isto – e até mesmo sua terceira vitória em Interlagos (por que não? Vamos torcer!) – poderá acontecer.
É tudo que importa no próximo domingo.
*ZHESPORTES