Mesmo estando há menos de um mês à frente do Grêmio, enfrentar o Atlético-PR não é novidade para Renato em 2016. Na estreia dele como comandante gremista, o Tricolor eliminou o Furacão da Copa do Brasil em uma disputa de pênaltis emocionante. Naquela ocasião, a equipe de Portaluppi fora derrotada por 1 a 0 durante o tempo normal. Para o resultado não se repetir, o comandante do Grêmio afirma ter a receita:
— Tem que fazer o gol. Naquele jogo, eu não conhecia totalmente o grupo. Mas lembro que logo no início tivemos uma chance claríssima, com o Henrique. A mesma coisa aconteceu contra o Cruzeiro. São poucas chances que aparecem, mas quando aparecem você tem que fazer.
A dificuldade nas conclusões a gol é assunto desde antes da chegada de Renato ao Grêmio. Desde que o comando tricolor foi assumido por ele, o ataque gremista segue desperdiçando chances claras.
— O treinador pode lapidar. Se pudesse ensinar totalmente as coisas, eu não ia ser treinador, eu abriria uma firma e ensinaria qualquer um a jogar. Eu posso ensinar como bater da melhor maneira, como tirar do goleiro, mas quem entra em campo e quem chuta são eles. Para alguns, é bastante fácil fazer gol, para outros é mais difícil. Sempre repito que são esses os meus jogadores, conto com eles, confio neles e procuro passar meus ensinamentos do passado.
A equipe do Grêmio que enfrentará o Atlético-PR receberá reforços. O volante Maicon será titular ao lado de Walace ou Jailson. No ataque, o companheiro de Luan será Everton ou Pedro Rocha. Bolaños treinou normalmente nesta terça-feira (11) e poderá figurar no banco de reservas. Renato não desvenda, no entanto, os mistérios, e afirma que tudo será divulgado uma hora antes do jogo.
O desfalque fica por conta do goleiro Marcelo Grohe, que foi substituído no intervalo da partida contra o Vitória, na última quarta-feira (5). Segundo Renato, o departamento médico avisou que o jogador ficará mais dois ou três dias sem treinar até ser reavaliado.
O técnico tricolor também foi questionado sobre a folga concedida ao elenco durante o final de semana. A forte sequência de jogos foi a motivação para o descanso:
— Eu teria um milhão de respostas. O Grêmio vinha numa sequência de jogos a cada 3 dias. Após o jogo contra o Palmeiras, minha equipe sentiu um pouco contra o Cruzeiro. Tem horas que tem que parar e aproveitar o tempo de uma forma. Achamos melhor dar um treino físico forte na sexta-feira para dar descanso com os familiares no sábado e domingo — afirmou Renato, antes de completar:
— Às vezes, o descanso é o melhor treino. Sou pago para treinar o grupo do Grêmio, mas não sou pago para arrebentar o grupo. Foi uma decisão em conjunto com a direção de que seria importante essa folga aos jogadores. Foi bastante proveitoso porque ontem trabalhamos durante duas horas em treinamentos puxados, e hoje novamente.