Frustante. O Xavante não merecia perder em casa daquele jeito. Uma virada absolutamente acidental do Criciúma. O Brasil foi melhor jogando uma etapa inteira com dez. Nosso maestro e armador, Diogo Oliveira, foi expulso no fim do primeiro tempo após levantar em demasia o pé e acertar o zagueiro Raphael Silva. Tomou o segundo amarelo e foi para o chuveiro.
Primeiro tempo.
O jogo com o Criciúma foi equilibrado no primeiro tempo. Os catarinenses tentaram conter o tradicional ímpeto xavante quando atua na Baixada, mas jogando também. Tanto que a primeira chance de gol foi do adversário, logo aos 3 minutos. Raphael Silva cabeceou na trave de Martini. Mas Ramon, aos 19, acertou um belo chute no travessão do goleiro Luiz. Foi um primeiro tempo pegado, mas que terminou com o xavante com 1 a menos, justamente o armador. Faltavam 45 minutos e precisávamos vencer. De que jeito?
Segundo tempo
Saí da Baixada frustrado com a derrota, claro, mas convicto de que o xavante tem um SENHOR treinador. De causar inveja aos dois maiores clubes do Estado, especialmente pelo momento que vivem. Pensei no intervalo: "sem o Diogo, a entrada de Marcos Paraná se impõe. E aí, o jeito será sacrificar um atacante, ou Elias ou Ramon." Bem, o time volta a campo para a etapa final sem nenhuma substituição. Torci o nariz. Recomeçou o jogo. O Rogério Zimmermann simplesmente reposicionou o meio campo, adiantando os volantes Leandro Leite e Washington e mantendo os três atacantes, Garcia, Ramon e Elias, preocupando assim a defesa do Criciúma em perigosos contra-ataques.
Num escanteio, logo aos 7 minutos, o Brasil abriu o placar com Cirilo, que cabeceou na cobrança do lateral Marlon. Um a zero! O Criciúma passou a ter mais posse de bola, até porque tinha 1 jogador a mais, mas não conseguia empurrar o Brasil para dentro da área. Isso é dedo de treinador!
No caso, dedo de um BAITA treinador. Nos contra-ataques de Ramon e Elias, o Criciúma também se preocupou em defender. Numa das arrancadas de Ramon, que partiu claramente atrás do defensor catarinense, a auxiliar Daiane Caroline Muniz dos Santos errou ao levantar a bandeira. Ramon ficaria na cara do gol e ali provavelmente mataria o jogo, com 2x0. E com dez em campo!
Quando tudo estava se encaminhando para uma vitória consagradora, o apagão fatal: aos 38, Thiago Humberto, que tinha acabado de entrar, chutou do meio da rua e acertou o ângulo direito do goleiro Martini. Infelizmente tenho que reconhecer: um golaço. 1x1.
Quando estávamos nos conformando com o empate, pela inferioridade numérica, o golpe fatal. Num cruzamento da esquerda, Gustavo Papa e Leandro Leite falharam ao tentar cortar a bola, que sobrou para Roberto que empurrou para dentro. Substituições: Nathan entrou no lugar de Ramon, Gustavo Papa no de Elias e Marcos Paraná substituiu o volante Washington.
O lado bom de tudo isso, é que a derrota não alterou a nossa posição na tabela. Permanecemos em terceiro lugar com 40 pontos. Fomos favorecidos pelos empates do Londrina contra o Ceará e do CRB contra o Sampaio Correa, ambos em 1x1. O problema é que abaixo de nós agora estão cinco times com 39 pontos, ou seja, 1 ponto a menos do que o xavante: Bahia, CRB, Avaí, Londrina e Ceará. No sábado quem vem (24), jogaremos contra o Tupi, em Juiz de Fora. Não preciso dizer que a vitória é inadiável. Avante!