Após uma passagem abreviada por lesões no Grêmio, o argentino Facundo Bertoglio, 25 anos, reencontrou seu futebol na Europa. Após uma boa temporada no Asteras Tripolis, da Grécia, o meia, que deve rescindir até o final do mês o vínculo com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia, ficará livre no mercado.
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Em visita à redação de Zero Hora, o jogador relembrou os conselhos de Roger na época em que o técnico do Grêmio era auxiliar de Luxemburgo. Falou do seu desejo de retornar ao futebol brasileiro e também qual seria sua resposta frente a uma eventual oferta do Inter.
Como foi sua passagem pela Grécia?
Foi muito boa. Joguei quase 35 jogos nesta temporada. Foi ótimo para ter uma sequência de jogos, que é o que eu queria. Atuei pelo Campeonato Grego, Europa League e a Copa Grega. Encontrei o Yuri Mamute, que hoje está no Panathinaikos. O futebol grego é um pouco parecido com o futebol sul-americano, de muita força física.
As lesões ficaram no passado?
Aquilo ficou para trás. Eu era muito novo, faltava muita experiência, era recém meu terceiro clube. São coisas que precisam acontecer para você amadurecer. A passagem pelo Grêmio foi importante para mim. Agora, com o tempo, aprendi a descobrir o meu limite. Naquele momento eu não conhecia. Tinha muita vontade de jogar e não tive a recuperação adequada das lesões.
A torcida do Grêmio tem carinho por ti.
Sempre recebo recados nas redes sociais. Mas, lamentavelmente, não consegui jogar o que eu queria aqui. Foi ótimo pelo carinho que a torcida tem por mim. Cheguei ao Grêmio depois da pré-temporada, o time já estava jogando o Gauchão. Me machuquei depois de 15 jogos, algo que é normal. Mas tive muita ansiedade na recuperação. Hoje, com 25 anos, sei quais são meus limites.
Você pretende voltar a jogar no Brasil?
Tenho um ano de contrato ainda com o Dínamo de Kiev. Não sei se eles vão me liberar, se vão rescindir o contrato. Em 17 de junho vou para lá acertar esta situação. Gostaria muito de voltar ao Brasil. Sempre falo isso com o Walter Cirne, representante aqui. Tenho vontade de jogar novamente no futebol brasileiro. No passado, recebi sondagens de Palmeiras e Vasco.
O que acha do trabalho do Roger no Grêmio?
Sempre achei que o Roger tinha muita capacidade para ser técnico, trabalhamos juntos quando ele era auxiliar do Luxemburgo. Hoje está muito bem no Brasileirão, ano passado brigou até o final e chegou à Libertadores. Ele me deu muitos conselhos, me indicava os espaços onde eu tinha que jogar, onde podia receber a bola. Acho que ele lembra disso. A leitura tática dele é ótima.
E se o Inter te fizesse proposta?
Acho que não aceitaria. É difícil. Tenho muita identificação com o Grêmio, recebo mensagens de torcedores no Twitter e no Instagram. Passaram quase quatro anos e ainda tem gente que pede a minha volta. Por isso, acho que é muito complicado.
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