A seleção argentina encerrou mais uma grande temporada, na qual conquistou a Copa América nos Estados Unidos, além de seguir como líder das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, em forte contraste com um Brasil que nada teve para comemorar.
A atual campeã mundial conquistou seu décimo sexto torneio continental em 2024, somando-se à Copa América disputada no Brasil em 2021, à 'Finalíssima' de 2022 contra a Itália e à Copa do Mundo de 2022 no Catar.
Ao longo de 2024, a 'Albiceleste' disputou 16 partidas, com saldo bastante favorável de 12 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas, ambas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, nas visitas à Colômbia (2 a 1) e ao Paraguai (2 a 1).
De qualquer forma, o técnico Lionel Scaloni anunciou que estuda mudanças na configuração da seleção argentina com os olhos postos na Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México, para a qual a tricampeã mundial já está praticamente classificada.
Scaloni sabe que a líder do ranking mundial da Fifa não pode conceder vantagens.
"Precisamos que eles joguem (em seus times). Não houve muito tempo para trazer outros jogadores, mas a partir de agora precisamos que todos joguem e a partir daí decidiremos de acordo com o nível futebolístico de cada um", afirmou.
A Argentina voltou a contar com o brilho de Lionel Messi, embora também tenha havido partidas em que ele desfalcou a equipe devido a uma lesão no ligamento do tornozelo na final da Copa América que o deixou afastado dos gramados por dois meses.
A situação do vencedor de oito Bolas de Ouro é única, já que terminou a temporada com menos de 40 jogos, o menor número de Messi desde 2006, e será preciso esperar para saber se o capitão da Albiceleste chegará à Copa do Mundo de 2026, durante a qual fará 39 anos.
Em 2025 a Argentina deverá disputar mais uma 'Finalíssima', desta vez contra a Espanha, campeã europeia, embora não haja muitas datas disponíveis, além de disputar as seis partidas restantes das Eliminatórias para a Copa do Mundo, na qual lidera com 25 pontos, cinco acima do Uruguai, vice-líder, a quem visitará em março.
- Brasil sem magia -
Situação bem diferente foi vivida por seu arquirrival Brasil, que mostrou fortes altos e baixos e pareceu sentir falta da magia do lesionado Neymar, enquanto Vinícius Júnior, destaque no Real Madrid, nunca se consolidou como líder em campo de uma equipe apática.
Os jogadores comandados pelo técnico Dorival Júnior empolgaram em março, ao vencer a Inglaterra em Wembley (1 a 0) e empatar com a Espanha (3 a 3) em dois amistosos, mas na Copa América a seleção declinou visivelmente e se despediu nas quartas de final com apenas uma vitória em quatro partidas, contra o Paraguai (4-1).
O Brasil tampouco convenceu na última parte do ano. Além de perder apenas uma partida (na visita ao Paraguai por 1 a 0), quase não teve atuações de destaque.
No final de 2024, a Seleção Brasileira ocupa a quinta colocação nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, sete pontos abaixo da Argentina, posição absolutamente estranha para os pentacampeões mundiais.
* AFP