O futebol brasileiro segue em busca de uma inédita medalha de ouro olímpica. Na próxima edição dos Jogos, quando as equipes masculina e feminina terão a chance de quebrar este tabu em casa, mas a tarefa não será fácil.
Nesta luta pelo único título que não possui, o futebol brasileiro já enfrentou regras que beneficiavam as seleções do Leste Europeu, que se escondiam atrás de um "pseudo-amadorismo" e que impediram a participação de Pelé, por exemplo, mas também viveu de verdadeiras indefinições, como em Los Angeles-84, quando um time formado às pressas, em função de uma desorganização da CBF, e tendo o Internacional como base, ganhou uma surpreendente medalha de prata
E até mesmo quando contou com craques como Romário e Bebeto, em Seul-88, Ronaldo, Roberto Carlos e Rivaldo, em Atlanta-96, Ronaldinho Gaúcho, em Sydney-00 e Pequim-08, e até mesmo Neymar, em Londres-12, a Seleção sempre ficou no quase.
As mulheres também já estiveram perto do título em duas oportunidades, sempre sob o comando da craque Marta, em Atenas e Pequim, mas ficaram com a prata. Porém, ressalte-se aqui, que elas não tem um terço do apoio destinado à equipe masculina e hoje em dia tem condições mínimas, se comparadas às suas antecessoras que conseguiram disputar duas semifinais em Atanta e Sydney e viram o pódio escapar.
Os fatos citados acima mostram que não é tão fácil assim ser campeão olímpico, até mesmo no futebol. Por isso, Neymar, Marta & Cia precisarão não só de talento, para garantirem um lugar no Olimpo.
*Coluna publicada na Zero Hora desta sexta-feira.