O primeiro tempo do Inter ontem à noite, no Gigante da Beira-Rio, foi preocupante demais. Voltou a apresentar os mesmos defeitos de sempre. Falta de organização, mecânica de jogo e atabalhoamento completo. Sofreu um gol – lindo, por sinal, de Marcos Paraná – e não encontrou forças para suplantar o esquema de jogo do Brasil de Pelotas.
Ainda na etapa inicial, quase o árbitro Daniel Nobre Bins estraga o jogo ao apitar uma infração inexistente do goleiro xavante. Não é possível demonstrar tamanho desconhecimento da regra de jogo.
No segundo tempo, o meia-atacante Marquinhos entrou no lugar do lateral-direito William, e o Colorado mudou totalmente de atitude.
Anderson chamou o jogo para si e comandou uma grande virada do Internacional, marcando um gol de oportunismo puro, ditando o ritmo da partida e pifando seus companheiros. O passe para Andrigo fazer o terceiro gol foi uma obra de arte.
Fico intrigado com o fato de o Inter fazer dois tempos tão distintos em termos de rendimento. Algum diagnóstico deve ser feito urgentemente pelos homens do futebol colorado.
Companheiro ideal
Parece claro que Andrigo é o companheiro ideal de Anderson na armação e que, ao retornar, o volante Rodrigo Dourado deve ter Fabinho como parceiro na contenção. No final, ficou muito justo o 4 a 1. Agora, domingo, é encarar o Glória em Vacaria e, quem sabe, garantir a segunda melhor campanha.
*Diário Gaúcho