PSV e Atlético de Madrid fizeram um bom jogo no Phillips Stadium, em Eindhoven, na Holanda, na tarde desta quarta-feira. No fim, embora o Atlético tivesse criado as melhores oportunidades no equilibrado primeiro tempo e dominado totalmente a etapa final – principalmente depois que o rival ficou com dez em campo – o resultado ficou no 0 a 0. Isso manteve a escrita da temporada: na atual Liga dos Campeões, o Atlético não perdeu como visitante e o PSV não perdeu como mandante.
Koke, sempre aparecendo nas principais jogadas, realizando lançamentos e por pouco não fazendo um gol, foi o melhor do Atlético. Do lado dos holandeses, o goleiro Zoet fez duas grandes defesas no primeiro tempo e mostrou segurança durante toda a partida. O jogo da volta ocorrerá no dia 15 de março, no Vicente Calderón, em Madri. Quem vencer, avança às quartas. Empate em 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis e empates a partir de 1 a 1 classificará o PSV.
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O jogo
O PSV priorizou muito o toque de bola na primeira etapa. Com o atacante belga Lestienne no banco, o treinador Philip Cocu preferiu começar apenas com o uruguaio Pereiro mais centralizado na frente e apostando em jogadas pelos flancos, com Narsingh pela direita e, principalmente Locadia pela esquerda, recebendo sempre o apoio do lateral Willems. Só que o Atlético de Madrid soube fechar bem os espaços e mostrou um bom jogo em contra-ataques, com passes em profundidade. Tanto que nos primeiro 30 minutos, foram atleticanas as três grandes oportunidades. A primeira aos três minutos, num lançamento que Vietto – escalado como titular no lugar de Fernando Torres – entrou livre e tocou encobrindo o goleiro Zoet. O zagueiro Bruma salvou quase em cima da linha. A segunda foi aos 18, quando Koke apareceu como elemento surpresa e, desmarcado, bateu e Zoet salvou. A principal foi com Griezmann aos 29. Sozinho, o principal jogador atleticano entrou em velocidade na área e chutou em cima do goleiro.
O PSV só conseguiu assustar aos 32 minutos. Depois de muito ciscar, Pereiro driblou seus marcadores e na cara do gol chutou mascado. Pröpper ficou com a sobra e chutou para defesa de Oblak. Na continuação da blitz, Willems chutou e Godín rechaçou para longe da área atleticana. A rigor, foi a única grande chance holandesa no primeiro tempo.
O Atlético voltou do intervalo com outra proposta. Buscou segurar mais a bola, cadenciar o jogo. Como o PSV recuou, a partida passou a ficar truncada e com um viés mais para o time espanhol, que alugou a intermediária rival. Mas isso não resultou em grandes chances. A mais relevante foi uma bola levantada que Godín subiu fazendo falta e cabeceou para o gol, muito bem anulado pelo árbitro italiano Daniele Orsato anulou com correção.
Observando uma melhor postura do Atlético, Cocu resolveu fechar mais o time, sacando um atacante, Narsingh, e colocando o defensor francês Isimat-Mirin aos 20 minutos. Cocu até parecia prever o que viria a seguir. Aos 22, Pereiro, que já havia levado um amarelo bobo por segurar Filipe Luís, foi expulso após subir junto com Godín deixando o cotovelo no rosto do conterrâneo uruguaio. Com dez, o PSV se fechou e passou a levar o maior sufoco dos visitantes, que já estavam com Fernando Torres em campo.
Só que o ferrolho do PSV deu resultado. Embora o Atlético tentasse sem parar chuveirinhos para a área, a zaga rechaçava todas e ainda dava sorte quando a bola conseguia chegar nos pés de algum espanhol. Aos 35, Correa tinha tudo para abrir o placar, mas chutou no rosto de Bouma. E a partida terminou sem gol.
*LANCEPRESS