Aos 39 anos, Luís Mário vai, enfim, pendurar as chuteiras. O atacante, responsável pelo último título do Grêmio em nível nacional, a Copa do Brasil em 2001, pretendia se aposentar no ano passado. Mas uma proposta para jogar o Gauchão pelo Novo Hamburgo este ano, sob o comando de Roger Machado, o manteve em atividade. Agora, o "Papa-Léguas" garante: não tem volta.
O que pesou na tua decisão?
A parte física, principalmente. Você sofre demais, são muitas dores. No Novo Hamburgo, tive lesão na panturrilha, é um pouco chato de recuperar nessa idade. Acho até que eu poderia ter ajudado mais o Roger. Mas fiz o que pude. Até tive propostas para jogar a Série A-2 do Paulistão, mas não quero mais jogar. Já me aposentei várias vezes, mas agora é para valer.
E o futuro? Será empresário?
O Magrão me convidou para trabalhar com ele como empresário, criei uma amizade muito bacana com ele no Novo Hamburgo. É algo que pode acontecer no futuro. Tenho interesse em trabalhar com categorias de base. Esses dias estive conversando com o João Antônio (ex-volante), que trabalha na base do Grêmio. Fui conhecer o CT em Eldorado, me agradou bastante. Estou com a ideia de fazer, agora em janeiro, uma peneira em Belém (Pará). Gostaria de atuar como uma espécie de olheiro do Grêmio. É uma forma de retribuir tudo que o clube me deu.
Algum arrependimento?
Sou extremamente realizado. Mas eu sonhava em ser convocado para a Seleção. Quando estava no auge, em 2001, no Grêmio, estava perto de ser chamado. Mas tive aquela questão judicial com o Corinthians, que me impediu de atuar por alguns meses. O Paulo Paixão, que era preparador da Seleção, me falava que o Felipão estava de olho em mim. Tanto que até convocou o Marcelinho Paraíba em alguns jogos. Naquela época, eu estava na ponta dos cascos.
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