A Bahia está em festa. A maratonista aquática Ana Marcela Cunha e o canoísta Isaquias Queiroz receberam o Prêmio Brasil Olímpico 2015, no Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira.
Enquanto ela, nascida em Salvador, chegou à disputa pela terceira vez após duas batidas na trave, em 2010 e 2014, ele, natural de Ubaitaba, comemorou uma indicação inédita e com final para lá de recompensador.
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Na temporada, Isaquias faturou três medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho, e duas no Campeonato Mundial de Milão (ITA). Ao lado de Erlon Souza, o atleta foi ouro na C2 1.000m. Sozinho, levou o bronze na C1 200m. O canoísta abriu mão da C1 1.000m, já que o foco era ajudar o país a conquistar a classificação nas demais provas.
Ele deixou para trás o líder do ranking de duplas da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Marcelo Melo, que neste ano foi campeão de Roland Garros, e a dupla de vôlei de praia Alison/Bruno Schmidt, ouro no Mundial de Haia, na Holanda.
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Já Ana Marcela superou a dupla de vôlei de praia Ágatha/Bárbara Seixas, campeã mundial na Holanda e classificada para a Olimpíada do Rio, e a atleta do salto com vara Fabiana Murer, vice-campeã mundial de Pequim. A nadadora faturou o bronze na prova olímpica dos 10km no Mundial de Kazan, além do ouro nos 25km, que não consta no programa do evento.
Os vencedores foram definidos por uma comissão chefiada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), com votos de personalidades influentes no esporte, jornalistas e ex-atletas.
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Os vencedores tiveram razões de sobra para convencer os jurados das escolhas. Ao elevarem as modalidades que representam a um patamar de destaque, sabem que a pressão sobre seus ombros para os Jogos de 2016, daqui a oito meses, aumenta.
Cerimônia tem outros premiados e desabafo de Guga
Durante a cerimônia, o técnico Cláudio Castilho entregou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Toronto para a atleta Adriana Aparecida dos Santos, da maratona. Ela herdou a láurea da peruana Gladys Tejeda, que teve o título anulado por doping em setembro.
O show teve apresentações artísticas, com destaque para o cantor Thiaguinho, e homenagens a todos os medalhistas de Toronto. Os melhores atletas de cada modalidade no ano, eleitos pelo COB após uma indicação de três nomes feita pelas confederações, também foram chamados ao palco. Gustavo Kuerten, o Guga, recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva.
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– Hoje é o dia em que eu senti mais orgulho de ser brasileiro – disse o emocionado Guga, que aproveitou a ocasião para fazer um apelo aos governantes brasileiros:
– Aclamo aos nossos representantes do poder público que se espelhem nesta sala, nestes atletas, e sejam honestos. Esqueçam os partidos e as panelinhas, e lutem pelo Brasil!
Na categoria Atleta da Torcida, o nadador Thiago Pereira foi o vencedor (24% dos votos). No Pan deste ano, ele se tornou o maior medalhista da história do evento.
*LANCEPRESS