É a marca da escola espanhola. Passar a bola tem o nível de importância de marcar e concluir. Na teoria, é simples: eles "descobriram" que, quanto mais o time domina o jogo, menos chances dá ao adversário. O toque barcelonista, criado por Cruyff e aprimorado por Guardiola ganhou até nome próprio, tiki-taka. Segue a pleno vapor com Luis Enrique.
O Real Madrid da era Ancelotti, vencedor da décima Liga dos Campeões, jogava um pouco diferente, apostando mais no desarme de meio-campo e na velocidade de contra-ataque. Agora, sob comando de Rafa Benítez, tenta se adaptar ao estilo cadenciado. O resultado está neste gráfico: são centenas de trocas de passe, e a maioria no campo de ataque. E a maioria com alvo certo. E a maioria buscando o gol.
Por isso, pedimos atenção dos leitores para a qualidade de troca de bolas no clássico de hoje, 15h15min, no Santiago Bernabéu, válido pela 12ª rodada do Campeonato Espanhol. No tal futebol moderno, dois dos melhores times atuais abusam de uma característica do jogo romântico.
Mas uma dica: se quiserem continuar a contabilidade de passes, enumerem os errados. Provavelmente, os certos farão vocês se perderem na televisão.
*ZHESPORTES