
A Juventus tentou a façanha da temporada no Estádio Olímpico de Berlim. Ganhar do Barcelona, bater o melhor time do século 21. Só assustou, depositou alguns minutos de tensão no grande jogo. Jamais mostrou que poderia vencer os espanhóis na final da festejada Liga dos Campeões 2014/2015 deste primeiro sábado de junho. Perdeu, 3 a 1. Perderia outras partidas se encontrasse o mesmo rival pela frente em diferentes situações ou estádios.
Barcelona bate Juventus por 3 a 1 e conquista o título
Cerca 200 países assistiram ao jogo, 400 milhões de espectadores acompanharam os 90 minutos. Ninguém pode reclamar. A decisão ofereceu todas as emoções encontradas no futebol.
Veja como foi a repercussão do jogo nas redes sociais
Quem ousa enfrentar o Barça de Luis Enrique, em casa ou fora, perde. É uma equipe quase imbatível, que só perde/empata uma partida em cada 20, assim mesmo por descuido.
Diogo Olivier: O penta do Barcelona é o triunfo dos craques
A qualidade técnica do Barcelona é absurda, quase extraterrestre, Messi é de outro planeta. Não há time igual. A defesa joga desprotegida, um volante baixinho cuida do lado esquerdo da zaga, o meio-campo corre como um desesperado, pois precisa oferecer fôlego e tranqüilidade ao trio Messi, Neymar e Suárez. E os três sempre estufam as redes. Parecem disputar outra partida paralela. Quando um está num dia ruim, os outros dois dão conta.
Luiz Zini Pires: O grande líder nos bastidores da Juventus
Engraçado. Dos quatro gols da partida, Barça 3 a 1, os três do time da Catalunha foram marcados por estrangeiros, Rakitic, Suárez e Neymar. O único gol espanhol foi obra do bom centroavante da equipe italiana, Morata.
Futebol na TV e outros esportes: confira a programação deste domingo
O futebol europeu não respeita mais escolas. São times planetários com mais virtudes, muito mais, do que defeitos. Os jogadores importados oferecem o ritmo. É assim nos dois finalistas do torneio. Quem brilha em primeiro lugar não são os filhos da terra. Messi e Tévez, dois exemplos.
Organizadíssima, a Juve sofreu um gol no começo, numa falha incrível do sistema de marcação. Ao correr atrás do empate, abriu espaços e só não caiu de três no primeiro tempo pelas defesas do grande Buffon e pela falta de pontaria dos atacantes adversários. Sofreu dois gols de contra-ataque depois. Oferecer espaço ao MSN é suicídio.
A quinta copa da Liga dos Campeões dos catalães chegou pelas mãos de uma equipe que enche de inveja todas as torcidas do mundo. Imagina contar com o trio MSN, com um Iniesta, o dono da decisão, um Xavi, 25 troféus de campeão na prateleira, um Piquet, um zagueiro que domina território, o cão de guarda Mascherano e um motor que arranca com o nome de Daniel Alves. Dunga esqueceu dele na Seleção.
O camisa 10 Messi não marcou, mas exibiu ações geniais. Neymar não foi o Neymar em seu máximo, mas marcou um gol e ajudou no nascimento de outro. Suárez sempre faz gol.
A Juventus jogou menos do que todos esperavam. Foi contida, às vezes, mas sempre destemida. Não se plantou na defesa. Quando ficou mais atrás, foi conseqüência da força ofensiva do outro lado. Marcou com uma vocação italiana. Seus quatro jogadores mais importantes, Pirlo, Pogba, Vidal e Tévez, foram abduzidos pelos espanhóis. Marchisio tentou jogar por eles todos.
O Barcelona venceu. Viva o futebol de passe, de toque de bola, habilidoso futebol de gols e de grandes jogadas e quase perfeitos jogadores. Perfeito, só Messi.
*ZHESPORTES