Do ponto de vista prático, é preciso mudar as regras eleitorais que permitem a criação destes currais eleitorais com votos compradas à base de propinodutos. Trocar seis por meia dúzia na presidência de nada adiantará. Mas só o fato de o mundo do futebol se dar conta de que este debate é fundamental é um enorme avanço. Com Blatter, que, tirando o mar de lama, é até um velhinho simpático com aquele jeito de Pinguim do Batman, isso era impossível.
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Por que Blatter não entra na Europa? Entre outros motivos, porque lá os clubes têm força. Os campeonatos nacionais são organizados por ligas independentes, que criam suas próprias estruturas executivas e relações de patrocínio. Nem Platini faz o que bem entende. As federações são importantes, mas não o centro, como no Brasil.
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No Brasil a CBF decide tudo. Lutou para acabar com o Clube dos 13 e trata o Bom Senso FC com desprezo. Um caminho para quebrar esta lógica de poder viciada, que reproduz a lógica dos currais da Fifa, é os clubes se sentarem à mesa, deixando picuinhas locais de lado, e criarem uma liga para o Brasileirão. Assim serão fortes e grandes. Mas haverá grandeza de nossos dirigentes para tanto?
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Opinião
Diogo Olivier: clubes tem de aproveitar fragilidade da CBF e criar liga independente
Diogo Olivier
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