O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, foi preso na manhã desta quarta-feira, em Zurique, na Suíça, junto a mais seis altos dirigentes da
FIFA acusados de corrupção. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos foi o responsável por pedir as prisões, que acontecem às vésperas da eleição para a presidência da entidade máxima do futebol mundial, sexta-feira, quando Joseph Blatter tentará o quinto mandato.
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Atual vice-presidente da CBF, assim como Marin, Delfim Pádua Peixoto Filho, presidente da Federação Catarinense de Futebol, saiu em defesa do companheiro e levantou suspeitas sobre a investigação deflagrada pelo órgão americano.
- Até que provem o contrário, acho que ele é inocente. Não posso falar dos outros que não sei, mas eu não acredito de maneira alguma, pelo que conheço do Marin há 50 anos, que ele tenha participado disso que a imprensa estrangeira está falando. Se houver prova de que cometeu algum desvio, aí é outra coisa. Apurou, provou, tem que pagar - afirmou Delfim em entrevista por telefone ao Diário Catarinense.
- É muito estranho isso ter acontecido na véspera da eleição da FIFA e os EUA estarem metidos nisso aí. O adversário do Blatter, que está praticamente reeleito, é o príncipe da Jordânia, filho do rei da Jordânia, todo poderoso. Pode haver Interesse dos EUA em eleger o príncipe - cogitou.
Quanto aos reflexos das prisões desta quarta-feira no futebol brasileiro, Delfim afirmou que a atual diretoria da CBF já está trabalhando para corrigir os erros que existem na administração.
- O que está errado no futebol mundial tem que ser arrumado, mas não venha dizer que está tudo errado que não é assim. Tem alguns erros? Tem. Tem na CBF? Tem, a gente está tentando arrumar e vamos arrumar. Mas não é esse auê que todo mundo faz e fala, há certos exageros e interesses por trás disso aí. A FIFA é uma grande empresa, é muito visada. Eu não posso falar do que acontece lá porque não faço parte. Aqui na CBF nunca notei nada.