O técnico Felipão falou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (9) sobre a derrota brasileira para a Alemanha por 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo. Apesar de mostrar sua tristeza com a derrota, o treinador defendeu o trabalho realizado, exaltou seu grupo de jogadores e ainda falou que a partida de sábado, em Brasília, é novo sonho do time.
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"Tivemos seis minutos que deu uma pane geral. Agora vamos montar o time para o jogo de sábado, que passa a ser um sonho para nós que é terminar a Copa em terceiro lugar, já que o sonho da final não é mais possível", disse o técnico, que ainda garantiu que só após essa partida falará sobre o futuro. "Depois do jogo de sábado provavelmente a gente vai conversar com a direção da CBF. E aí é que a gente vai definir alguma coisa".
O treinador ainda defendeu a sua equipe e argumentou que a confiança dos jogadores foi desenvolvida através dos resultados: "Dos dez amistosos, ganhamos nove". Mas sobre o placar elástico, o maior vexame da história do Brasil, Felipão assumiu: "Foi catastróficos em número de gols, e naturalmente pelo resultado elevado de gols, entrará para a história desta forma, mas a história tem de registrar que, depois de 2002, é a primeira vez que chegamos a uma semifinal".
Sobre a manutenção do elenco de hoje, disse que 70% no mínimo dos atuais jogadores estarão depois com a seleção: "É histórico, sim. Mas também a gente não pode terminar com a vida dos meus jogadores. Não será nada. Eles continuarão trabalhando".
Ao ser questionado sobre teoricamente ter usado a imprensa para passar informações falsas sobre a equipe, com objetivo de enganar os adversários, Felipão respondeu de forma irônica: "Se eu usei a imprensa, peço desculpas: vocês não nos usam nunca!".
O técnico também defendeu o trabalho de base feito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "O trabalho que vem sendo feito, e vocês têm conhecimento, é muito bom dentro da CBF em relação às categorias jovens". Mas ponderou: "Nós também temos de entender que muitas das revelações iniciam aqui e vão para o estrangeiro muito rapidamente".
Questionado sobre os pedidos para que deixe a Seleção, citando um em especial - feito por um dirigente da Federação Catarinense de Futebol -, o técnico disparou. "Eles nunca ganharam nada. Só ganharam quando treinei o Criciúma", disse o treinador, explicando que muita gente quer vê-lo fora do comando do Brasil.