Uma missa em homenagem a Fernandão foi celebrada no início da noite deste domingo (8), na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Rio Grande. Dezenas de torcedores participaram da homenagem proposta pelo Consulado.
Leonardo Moraes, de 30 anos, considerou quase inexplicável a dor que sentiu ao saber da notícia de que o ídolo Fernandão havia morrido em um acidente de helicóptero, na madrugada de sábado (7).
“Ele não é parente, e nem um amigo próximo, mas há muito tempo estava dentro das casas de todos nós torcedores. Sentimos como se fosse um ente querido”, disse. “Além disso, a minha geração descobriu o que era um ídolo com ele. Ele era um cara diferenciado. Era um cara estudado, profissional, ético, um ídolo eterno”, completou.
Jogador, dirigente e técnico: o adeus de um ídolo colorado
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Fanática pelo Internacional, Suecy Silva da Silva, de 76 anos, não pensou duas vezes antes de sair de casa e prestar a homenagem ao eterno camisa 9.
“Para mim, a notícia caiu como uma bomba. Para falar a verdade, ainda não caiu a ficha. Estou desde as duas da manhã acordada, acompanhando as notícias sobre essa tragédia. Ele foi tudo para o Internacional”, disse, emocionada.
Cônsul do Internacional em Rio Grande e, também, conselheiro do time, Alexandre Faria, lamentou a perda de Fenandão.
“Todos estamos sentindo muito a perda desse ícone do futebol. Ele é um marco. Ele é um divisor de águas. Ele e uma equipe que se formou a partir de 2002 e com a chegada dele em 2004 fez o Inter ser, verdadeiramente, internacional. Não era só o homem, o profissional, mas ele era um colorado, de coração. Ele nunca negou isso. Fernandão é um exemplo para todos os que estão iniciando a carreira no futebol”, finalizou.
O Consulado do Internacional na cidade confirmou uma nova homenagem para o próximo domingo (15). Uma queima de fogos vai ocorrer na Praça Saraiva, às 10h.
Morte de Fernandão
O ex-jogador do Internacional, Fernandão, morreu na queda de um helicóptero em Goiás neste sábado (7), aos 36 anos. O acidente ocorreu por volta de 1h da madrugada, na cidade de Aruanã.
Além de Fernandão, morreram no acidente o coronel da reserva de Goiás Milton Ananias, que era piloto, Lindomar Vieira, Antonio de Padua Ferreira e Edimilson de Souza, amigos do ex-jogador.
Fernandão chegou ao Internacional em julho de 2004. Estreou em um Gre-Nal e, logo no primeiro jogo, marcou o gol 1000 em clássicos. Tornou-se capitão e eternizou o seu nome na história do clube nas conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes de 2006. Em 2008, deixou o Inter para jogar no Al-Gharafa, do Catar. O retorno ao clube ocorreu em 2011, para a função de diretor-executivo de futebol, já na gestão de Giovanni Luigi. Em 2012, virou treinador do clube, permanecendo até perto do final daquela temporada.