As repercussões não param. Depois da punição branda ao Esportivo na Justiça Desportiva gaúcha, o mundo do futebol volta-se para a discussão sobre racismo. Depois do jogo contra o Newell's, pela Libertadores, o lateral-esquerdo Wendell mostrou posição muito forte em torno do assunto. Para ele, a atitude do Tribunal da Federação Gaúcha de Futebol não foi positiva. Mesmo assim, o jogador do Grêmio descartou polêmica e preferiu pedir igualdade no tratamento entre as raças: "O mundo não pode ser encarado com desigualdade", resumiu Wendell.
Com maturidade, o jovem que já foi negociado com o futebol alemão analisou a questão do racismo afirmando ter muito orgulho de ser negro. Para Wendell, "o esporte tem que unir todas as raças. Espero que o pessoal pare com discriminação e o mundo fique muito melhor". O lateral-esquerdo não mostrou receio, no entanto, de sofrer qualquer tipo de preconceito quando for para o Bayer Leverkusen, no segundo semestre de 2014.
Sobre o confronto desta quinta-feira, empatado em 0 a 0 diante do Newell's Old Boys, Wendell lamentou a falta de gols marcados e resumiu em duas frases sua frustração: "Tem dias em que a bola não entra mesmo. Se a gente jogasse até agora (30 minutos depois do jogo terminar), de repente não faria o gol". Para o lateral-esquerdo, o Grêmio não viajará para Rosário com obrigação da vitória na semana que vem. Sobre os três jogos sem levar gol na Libertadores, Wendell aproveitou para elogiar o ataque, pela marcação na saída de bola dos adversários, atribuindo ao conjunto o fato da melhor defesa na competição.
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