A Seleção Brasileira da Copa de 1970 entrou para a história pela conquista do tricampeonato e por unir, em um mesmo time, uma quantidade muito grande de craques. Mas Tostão, um dos ícones daquele time, destaca a grande inovação que aquela equipe apresentou no ponto de vista tática.
“A seleção de 70 encantou não só porque tinha Pelé e grandes jogadores, mas porque era um time muito organizado coletivamente. Foi um time revolucionário para a época”, conta Tostão.
Segundo ele, pela primeira vez um time passou a defender e atacar em bloco. “O futebol brasileiro jogava com os setores muito separados. Defesa defendia, meio armava e o ataque fazia gols. No time de 70, quando perdíamos a bola, todos marcavam, como hoje fazem as boas equipes do mundo. Todos participavam e fechavam os espaços. E quando roubávamos a bola, chegávamos ao ataque ou trocando passes curtos, ou fazendo lançamentos”, explica.
Tostão faz questão de lembrar que, além do Rei Pelé, o time tinha muitas outras qualidades, individuais e coletivas. “Tinha a velocidade do Jairzinho, o Gérson que tinha um dos melhores passes longos da época. Era um time fabuloso e muito organizado taticamente”, diz Tostão.
Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, nasceu em Belo Horizonte, em 25 de janeiro de 1947. Foi um dos destaques do Brasil na conquista do tricampeonato mundial na Copa do Mundo de 1970, no México. Ele esteve presente também na Copa de 66.
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Gols de Brasil 4 X 2 Peru, pelas quartas de final da Copa do Mundo de 1970. Naquele jogo, Tostão marcou o segundo e o terceiro gols.
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