O lateral-esquerdo Roberto Carlos viveu as mais diversas e intensas sensações com a camisa da Seleção Brasileira. Esteve presente na frustrante derrota em 98, na França, e foi apontado como vilão em 2006, na Alemanha. Mas, acima de tudo, foi eternizado como um dos grandes laterais da história, algo simbolizado na conquista do penta em 2002, na Coreia e no Japão.
“O time era bom, todos corriam e sabiam se posicionar sem a bola. No papel, jogávamos em um 3-5-2, mas defendíamos sempre com cinco ou seis jogadores. E saíamos rápidos para o contra-ataque, com a velocidade minha e do Cafu. O Felipão sabia usar muito bem isso”, explica Roberto Carlos.
O Brasil vinha de um fracasso na Copa de 1998, que culminou com uma derrota por 3 a 0 para a França na final. Roberto Carlos acredita que o grupo não foi blindado e o suficiente no Mundial em solo francês, algo corrigido na Copa do Oriente.
“O favoritismo e a preparação inadequada atrapalharam em 98. E o Felipão fez em 2002 o que tínhamos que ter feito em 98. Deixar a família, as outras pessoas e o favoritismo fora da concentração. Em 98, não tínhamos um dia livre. Saíamos e a imprensa ia atrás. Tinha muita liberdade e o hotel era aberto para as pessoas se aproximarem. Em 2002, o Felipão formou uma família”, conta o ex-lateral.
Roberto Carlos da Silva, o Roberto Carlos, nasceu em Garça, interior de São Paulo, em 10 de abrirl de 1973. Foi lateral-esquerdo do Brasil na conquista do penta, na Copa do Mundo 2002, na Coréia do Sul e no Japão. Também foi titular nos Mundiais de 1998 e 2006.
Assista vídeos do jogador:
Gol de Roberto Carlos, de falta, contra a China, na Copa do Mundo 2002
Golaço de falta de Roberto Carlos, contra a França, em torneio realizado em território francês, em 1997
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