O terceiro goleiro de uma seleção em uma Copa do Mundo vive uma situação peculiar. Por um lado, é alguém que realizou o grande feito de ser convocado para um Mundial. Por outro, ele sabe que dificilmente vai atuar nos jogos. Isso ocorreu com Gilmar Rinaldi, ex-Internacional, São Paulo e então jogador do Flamengo. Ele conta como os reservas puderam ajudar o Brasil a conquistar o tetra em 94.
“A gente conversou muito sobre isso naquela Copa. Teria a turma que jogaria dentro (em campo) e a turma que jogaria fora (dando apoio). Quando o Ricardo Rocha se machucou, ele estava triste, querendo ir embora. Aí nós o chamamos e dissemos que ele teria que compor a turma que jogaria a Copa do lado de fora. Mas teria que jogar junto, sem ficar de ‘jururu’. A gente deu um suporte em todos os sentidos. Tínhamos que saber que, se chamado, iriamos estar pronto para despenhar. Mas se isso não ocorresse, teríamos que dar apoio e jogar junto com o time”, conta Gilmar Rinaldi.
E, com a ideia de grupo reforçada, o Brasil superou obstáculos e conquistou o título no dramático jogo final contra a Itália, decidido nos pênaltis. “Foi uma Copa muito difícil, com muita pressão e dificuldade. Quando o Baggio chutou para fora, foi um momento de grande alívio. Ali, sabíamos que ninguém tiraria o nosso título”, recorda Gilmar.
Gilmar Rinaldi é gaúcho de Erechim, onde nasceu em 13 de janeiro de 1959. Foi o terceiro goleiro do Brasil na conquista do tetracampeonato mundial na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Ele iniciou a carreira no Internacional, onde atuou entre 1978 e 1985.
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Pênaltis na final entre Brasil e Itália, na Copa de 94, e a comemoração do tetra
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