Palmeiras e Boca Juniors se enfrentarão na noite desta quinta-feira (5), a partir das 21h30min, na Arena Palmeiras em um novo encontro valendo vaga na final da Libertadores. Cinco anos depois da classificação argentina na casa palestrina após um movimentado 2 a 2, há diferenças. Além de que dessa vez não houve vencedor no duelo de ida - os xeneizes ganharam por 2 a 0 na Bombonera em 2018. O gramado sintético, inaugurado pelos paulistas em 2020, foi o pivô de polêmica envolvendo o confronto desde o empate sem gols em Buenos Aires, na semana passada.
Ainda na Bombonera, o goleiro Sergio Romero questionou que Fifa e Conmebol permitam jogos oficiais em gramados não naturais.
— O que me preocupa simplesmente é ser sintético e não gramado natural. É raro que a esta altura da vida estejamos falando que uma equipe de futebol tem campo sintético. A Conmebol e a Fifa deveriam dizer: ou híbrido ou natural. Porque é futebol. Para o campo sintético tem hóquei — disse o ex-goleiro da seleção argentina citando hóquei, esporte tão popular no país vizinho.
Apesar do tom provocativo de Romero, o Palmeiras evitou aumentar a polêmica, tanto nas manifestações de Abel Ferreira quanto nas dos jogadores. O português optou por mostrar respeito ao adversário e valorizou as seis conquistas de Libertadores que os argentinos têm diante de um questionamento sobre o elenco brasileiro ser superior ao rival.
— Quantas Libertadores têm o Palmeiras? Três. Quantas Libertadores têm o Boca? Meia-dúzia — dialogou o português com um repórter após a derrota de 2 a 1 para o Bragantino, pelo Brasileirão, no final de semana.
Apesar do resultado negativo, o gol de Endrick deu uma alternativa para o treinador que vem sofrendo com seu sistema ofensivo. O Palmeiras balançou as redes apenas duas vezes em seus últimos seis jogos. O garoto é opção para entrar no ataque formando um trio com Rony e Artur. Desde a lesão de Dudu, que não jogará mais nesta temporada, o lateral Mayke vem atuando no setor ofensivo.
Problemas
Se o Palmeiras tem dúvidas no ataque, no Boca elas aparecem na defesa. Não por desempenho — já que o time tem a meta menos vazada da Libertadores —, mas por questões físicas. Os dois zagueiros titulares, Jorge Figal e Marcos Rojo, não participaram dos últimos treinamentos e geram preocupação no lado argentino. Nicolás Valentini é o candidato a entrar caso um deles seja ausência. Há também a possibilidade de Valentini jogar mesmo com os dois recuperados em sistema com três zagueiros. Foi assim que o técnico Jorge Almirón armou o time nos duelos com o Racing nas quartas de final.
O Boca passou nos pênaltis nas duas fases anteriores — Racing e Nacional. O Palmeiras fez valer sua força fora de casa batendo Atlético-MG e Deportivo Pereira como visitante, mas empatou os dois compromissos em São Paulo no mata-mata. O histórico recente indica um duelo equilibrado para definir quem estará no Maracanã em 4 de novembro