No dia em que River Plate e Boca Juniors começam a decidir uma vaga na final da Libertadores, a cobertura da imprensa argentina se intensifica. Nos canais de televisão, o principal assunto é a mobilização para o jogo de ida da semifinal. Nos jornais, há ampla cobertura sobre a partida que será disputada às 21h30min desta terça-feira (1º).
O Diário Olé é quem se debruça de maneira mais intensa sobre o confronto. Na capa, uma foto do Monumental de Núñez lotado, como deverá estar à noite. "Finalmente", diz a manchete, lembrando que os rivais não conseguiram jogar a decisão do ano passado por conta dos incidentes com o ônibus do Boca, que transferiram o duelo para Madri.
No interior do impresso, totalmente dedicado a esportes, 15 das 28 páginas abordam o Superclássico de Buenos Aires. Na crônica principal, o texto apresenta as diferenças entre os dois modelos de jogo dos treinadores Marcelo Gallardo e Gustavo Alfaro: "São como água e azeite". O jornalista Ariel Cristófalo, que assina a matéria, analisa: "O River cultua um futebol de ataque, assume riscos, tenta impor condições com a bola e busca o gol de frente; Boca luta por cada desafio de um modo tão modesto como inteligente, joga mais a destruir do que a construir e se sai bem, mas também estuda as debilidades de seus rivais e tenta explorá-los".
Mais adiante, o jornal questiona personalidades e ex-jogadores se a partida desta terça será uma revanche da final de 2018. Para o ex-tenista Daniel Orsanic, "a partida mais importante da história, ganhou o River no ano passado". Já o ex-atacante do Boca, Alfredo Graciani, avalia que uma vitória fará o clube da Bombonera esquecer o que aconteceu na Espanha.
Em um tom menos lúdico e mais informativo, o jornal La Nación revela detalhes da "megaoperação" de segurança montada para evitar confrontos entre torcedores e a delegação visitante. O diário também relata que o campeão do torneio neste ano receberá como prêmio US$ 12 milhões (quase R$ 50 milhões).