Time de tradição na Libertadores (foi campeão em 1976 e 1997), o Cruzeiro vem apresentando bom desempenho na competição nos últimos anos, mas tem falhado nas fases decisivas — no ano passado, por exemplo, foi eliminado pelo Boca Juniors nas quartas de final no Mineirão.
Nesta temporada, o clube de Belo Horizonte perdeu o uruguaio De Arrascaeta, vendido para o Flamengo por 15 milhões de euros (R$ 63,7 milhões), a maior transferência da história do futebol brasileiro. Como reposição para o setor do meio-campo, o Cruzeiro apostou em dois nomes que estavam no Mundo Árabe: Rodriguinho e Marquinhos Gabriel.
Por enquanto, o time não empolga no Campeonato Mineiro: é o 3º colocado, com quatro vitórias e quatro empates em oito jogos. Mas o clube aposta na longevidade de Mano Menezes para se dar bem na Libertadores. Considerado um especialista em mata-matas — comandou o time nos títulos da Copa do Brasil nas duas últimas temporadas —, o gaúcho de Venâncio Aires é o técnico de todas as séries do Brasileirão que está há mais tempo no cargo (desde julho de 2016). Na última terça-feira, o treinador de 56 anos foi presenteado com uma mini estátua pela marca de 200 jogos à frente da equipe.
Dentro de campo, a esperança de gols recai sobre o veterano Fred. Aos 35 anos, o centroavante soma 64 gols em 91 jogos com a camisa do clube mineiro.
— O Cruzeiro é um dos favoritos pra ganhar mais uma Libertadores. O elenco é forte e entrosado com um treinador que tem o grupo na mão. Tem cara de mata-mata e já provou isso ganhando as duas últimas Copas do Brasil — opina Léo Figueiredo, comentarista da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.
DEPORTIVO LARA – Barquisimeto/Venezuela
Clube mais novo da atual edição (completa em 2019 seu 10 anos de existência), o Deportivo Lara quer repetir o feito do Deportivo Táchira, que conseguiu avançar para a fase de mata-mata em 2016. Sediado ao norte da Venezuela, conta com a logística desfavorável aos adversários — é uma das viagens mais longas para brasileiros e argentinos — como arma.
— Geralmente os clubes venezuelanos são os mais fracos da Libertadores. Mesmo assim, o Lara conseguiu duas vitórias empolgantes em 2018, contra Independiente e Millionarios. Destaco na equipe o técnico, Leo González. Acho que é possível passar como segundo colocado — acredita Carlos Domingues, narrador do Canal TLT, de Caracas.
EMELEC – Guayaquil (Equador)
Representante do Equador com mais participações na Libertadores, o Emelec sonha em chegar em sua primeira final. A melhor campanha até hoje foi a semifinal em 1995, quando foi eliminado pelo Grêmio de Felipão, que conquistou o título.
— O Emelec é o time mais exitoso no futebol equatoriano na última década dentro de nosso país, mas isso não está refletido na Libertadores. Chegaram nove jogadores para esse ano e, por isso, há uma mudança grande de elenco. Talvez o trabalho só dê resultado em 2020 — avalia Jimmy Cornejo, da Rádio Caravana, de Guayaquil.
HURACÁN – Buenos Aires (Argentina)
Garantido na fase de grupos da Libertadores por conta da quarta colocação no Campeonato Argentino, o Huracán aposta na experiência do centroavante paraguaio Lucas Barrios na competição. O jogador de 34 anos foi tricampeão da América com o Grêmio em 2017. O "Globo', como o clube que revelou Sarrafiore é conhecido na Argentina, repete nesta a temporada a boa campanha na competição nacional — está em sétimo lugar, a um ponto do River, o quinto colocado.
— O clube trocou de técnico para 2019 e, assim, existe mudança de mentalidade tática, mas a base é a mesma. Isso dá esperança aos torcedores para esta Libertadores — observa Rodrigo Ancora da Rádio AM 990, de Buenos Aires.