Os espanhóis ganharam a superfinal da Libertadores entre River e Boca. Mas o pacote é completo. As autoridades locais estão temerosas com um grupo de 400 a 500 torcedores violentos que atravessaram o Oceano Atlântico para ver a decisão deste domingo (8), às 17h30min (horário de Brasília), no Santiago Bernabéu.
Os barrasbravas fizeram suas viagens nos últimos dias e conseguiram entrar no país. Apenas um deles, Maxi Mazzaro, foi deportado logo ao desembarcar na capital espanhola, na noite de quarta-feira (5). Ele é um dos líderes de uma ala radical da torcida do Boca Juniors. Devido ao receio de confusões e brigas, as autoridades espanholas destacaram cerca de 4 mil policiais para trabalhar na segurança da final da Libertadores. Exatamente o dobro do efetivo usado nos clássicos Real Madrid x Barcelona.
De acordo com José Manuel Rodríguez Uribes, autoridade do governo que supervisiona a segurança do grande jogo, o planejamento trata o evento como de "alto risco". Por isso, a polícia manterá o nível de alerta no máximo para vigiar torcedores com maior potencial de causar problemas antes, durante e depois da decisão do título.
Em campo, o técnico do Boca, Guillermo Barros Schelotto, confirmou a volta de Cristian Pavón para a final. O adiamento do jogo de volta, causado pelo ataque a pedradas sofrido pelo ônibus do Boca, deram tempo para que Pavón, titular da seleção argentina, se recuperasse da lesão muscular .
Pavón sofreu a lesão na partida de ida da final, o empate em 2 a 2 na Bombonera. Estaria fora da grande decisão caso ela tivesse de fato acontecido no dia 24 de novembro. O goleiro Andrada, que se lesionou nas quartas de final, contra o Cruzeiro, está recuperado da fratura no maxilar e liberado para jogar.
Se terá um de seus principais jogadores de volta, Schelotto deixou no ar apenas uma dúvida na escalação; justamente no ataque. O treinador indicou que pode tirar da equipe o colombiano Sebastian Villa e, desta forma, alterar o esquema tático para a decisão. Porém, fará mistério até os minutos que antecederem a partida.
Se de fato tirar Villa da equipe, Schelotto pode escalar Benedetto, para atuar com dois centroavantes, ou Almendra, para reforçar a marcação no meio de campo. Em alta, Benedetto também pode ficar com a vaga de Ramón Ábila, que se recuperou de lesão. Até Carlitos Tevez foi citado como opção pelo treinador, mas deve ficar no banco de reservas. Assim, o Boca Juniors deve ter Andrada; Buffarini, Izquierdoz, Magallán e Lucas Olaza; Wilmar Barrios, Nahitan Nández e Pablo Pérez; Villa (Almendra ou Benedetto), Pavón e Ábila.
Já o River fechou o treino em Madri e fez mistério. Apesar do mistério, Marcelo Gallardo tem a maior parte da escalação do River Plate encaminhada. Dez titulares parecem já ter a presença definida: Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Exequiel Palacios, Ponzio, Enzo Pérez e Pity Martínez; Lucas Pratto.
Resta, então, saber quem será o 11º titular. De acordo com a imprensa argentina, Gallardo tem quatro opções para a vaga, sendo que cada uma delas representa uma formação tática diferente. Se mantiver o esquema mais defensivo do jogo de ida, escalará o zagueiro Martínez Quarta ao lado de Maidana e Pinola, compondo o trio de zaga e formando o 3-6-1. Scocco, recuperado de contusão, pode entrar ao lado de Pratto, deixando a equipe em um clássico 4-4-2.
As outras duas opções resultariam em um 4-5-1, mas com estilos diferentes. Se escolher Nacho Fernández, Gallardo escalará o River Plate com três volantes. Nos últimos dias, porém, ganhou força o nome do jovem Julián Alvarez, de 18 anos, que poderia compor uma trinca de meias com Enzo Pérez e Pity Martínez, com Lucas Pratto isolado no ataque.