Segue repercutindo em Buenos Aires o julgamento que a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) fará no próximo sábado (3) a respeito da ação proposta pelo Grêmio contra o River Plate. Uma comitiva do time gaúcho foi ao Paraguai nesta quarta-feira (31) para pedir a reversão do jogo de volta da semifinal, na última terça-feira (30), quando o técnico Marcelo Gallardo, mesmo suspenso, usou um rádio para se comunicar com o auxiliar e foi ao vestiário da equipe durante o intervalo.
O jornal Clarín, diário de maior circulação no país, publicou nesta quinta-feira que o Tribunal de Penas da Conmebol irá aplicar uma pena muito mais dura que o River espera. Gallardo receberia mais partidas de suspensão, não podendo sequer estar nos estádios das finais da Libertadores em novembro (Bombonera e Monumental de Núñez).
O treinador do River seria, inclusive, impedido de comandar os últimos treinamentos nas vésperas dos jogos. Para o clube, a punição seria uma multa econômica bastante alta — não estaria prevista a reversão de resultado do jogo na Arena e a consequente eliminação do clube argentino da competição.
Os argentinos temem ainda que a punição possa ser ampliada para nível mundial. Por violar o artigo 76 do Regulamento Disciplinário, quando a infração cometida se qualifica como grave, a Conmebol poderá solicitar à Fifa a extensão da pena para o Mundial de Clubes em dezembro, caso o River vença a Libertadores. Gallardo não ficaria no banco também nos Emirados Árabes.