O Santos foi punido com derrota por 3 a 0 na partida de ida das oitavas de final da Libertadores, contra o Indepediente, pela escalação irregular do volante Carlos Sánchez. A Conmebol entendeu que o clube alvinegro precisaria ter feito uma consulta formal para se informar a respeito da situação de seu camisa 7, que tinha um jogo de suspensão a cumprir, oriundo de uma expulsão em 2015, quando ainda atuava pelo River Plate.
Com a decisão, o Alvinegro terá de marcar ao menos três gols para se manter vivo na disputa por uma vaga às quartas de final do torneio. A partida de volta acontece nesta terça-feira (28), às 19h30, no Pacaembu, e cerca de 35 mil ingressos foram vendidos para os santistas. Sánchez não está liberado para atuar e terá de cumprir sua suspensão. Um placar por três gols de diferença leva a decisão para os pênaltis.
O presidente José Carlos Peres, o gerente jurídico Rodrigo Gama e mais dois advogados, incluindo Mário Bittencourt, estiveram no Paraguai para representar o Peixe. O julgamento começou por volta das 15h e perdurou por três horas e meia. As testemunhas foram ouvidas perto das 17h30. De nada adiantou a defesa feita pelo clube.
O Santos expôs sua defesa baseada em dois fatores primordiais: o primeiro deles é a consulta ao sistema da própria Conmebol, o Comet, no qual não constava nenhuma suspensão ou sanção envolvendo Sánchez. E o segundo é o fato da entidade ter assumido a culpa no caso de Bruno Zuculini, atleta do River Plate que vinha atuando na Libertadores mesmo tendo sanções a cumprir. Não adiantou.
O River enviou um ofício consultando a Conmebol a respeito da situação de seu jogador e obteve uma liberação formal da entidade. No caso do Santos, o jurídico do clube baseou-se apenas no sistema e não fez uma consulta à entidade, até por não ter conhecimento a respeito da suspensão de Sánchez datada de 2015.