O nome de Walace, ex-Grêmio, agrada a comissão técnica do Flamengo. A diretoria foi atrás de informações sobre a situação do volante no Hamburgo. Em um primeiro momento, o acerto é tratado como improvável, já que os alemães investiram alto no jogador de 22 anos, que tem contrato até 2021.
O interesse em Walace justifica-se pelo vigor físico do volante de 1m87cm, que aparece bem tanto no campo defensivo, com desarmes, quanto no ofensivo. Além disso, o meia não é titular no Hamburgo. Nesta temporada, foram 12 jogos — 10 como titular —, mas Walace só atuou os 90 minutos seis vezes.
Walace teve as primeiras oportunidades no Grêmio em 2015, mas foi no ano seguinte que viveu sua melhor fase. Titular na equipe de Roger Machado, o meio-campista foi fundamental na conquista da Copa do Brasil sobre o Atlético-MG — com o Tricolor sob o comando de Renato Portaluppi nas fases finais do torneio.
Foi em 2016 que o volante conquistou o até então inédito ouro olímpico pela seleção brasileira no Jogos do Rio de Janeiro. Assim, em janeiro deste ano, o Grêmio oficializou a venda de Walace ao Hamburgo por R$ 33 milhões.
O Flamengo tem como política não comentar as movimentações de mercado, mas o nome de Walace seguirá no radar da diretoria, que espera uma nova oportunidade de mercado para investir no atleta. A abertura da janela de transferências na Europa, em janeiro, pode facilitar o negócio por parte do Hamburgo caso seja contratado alguém para a função, e Walace perca espaço.
No elenco, o Flamengo conta com quatro volantes para iniciar a próxima temporada. São eles: Willian Arão, Márcio Araújo, Cuéllar e Rômulo. A prioridade do clube no mercado é a contratação de um centroavante mas, com alguns dos nomes questionados pela torcida e outros podendo ser negociados, a chegada de outro jogador para essa função se encaixa nos "ajustes pontuais" que a diretoria pretende fazer para 2018.
O presidente Eduardo Bandeira de Mello reforçou a política de "pés no chão", afirmando que o clube não está confortável, apesar de ter situação financeira melhor do que no passado e em relação a outros clubes do Brasil.
— Temos algo parecido com 2017. Entendemos que não é o Flamengo que alguns dizem, um clube nadando em dinheiro. Vamos seguir com a política de responsabilidade. Nossa situação é melhor do que foi no passado, mas não é nada para se esbanjar — disse o presidente na quarta, em Assunção, onde representou o Flamengo no sorteio da Copa Libertadores 2018, na sede da Conmebol.