O favoritismo e a vantagem estavam com o River Plate. E tudo parecia ainda mais definido após os gols de Scocco e Montiel, com 23 minutos de partida. Mas que nada: o Lanús conseguiu uma virada histórica, bateu o gigante argentino por 4 a 2 e garantiu a classificação à inédita final da Libertadores. De quebra, também definiu a decisão na sua casa: dono da melhor campanha entre os semifinalistas, recebe Grêmio ou Barcelona-EQU em La Fortaleza no dia 29 de novembro, no jogo de volta da final.
O segundo encontro entre os argentinos mostrou tudo que a Libertadores tem de melhor. De forma fulminante, o River Plate não deixou o Lanús criar esperanças no início e logo fez dois gols. Scocco, aos 18, marcou de pênalti, e Montiel aproveitou o rebote do goleiro Andrada, aos 23, para marcar de cabeça e deixar os millonarios com um pé e meio na decisão.
O duelo estava praticamente garantido para o River, até que apareceu José Sand. Já nos acréscimos do primeiro tempo, o veterano atacante recebeu na área e, quase sem ângulo, acertou um belo chute para vencer Germán Lux. E, logo na saída de jogo após o intervalo, o mesmo Sand fez o segundo, em jogada rápida do ataque granate.
O que parecia uma tarefa impossível agora estava ao alcance, com apenas dois gols de desvantagem. A contagem diminuiu para um aos 17, em mais uma bela jogada ofensiva do Lanús pela direita, que parou nos pés de Lautaro Acosta na pequena área.
Agora só faltava um gol – e ele veio na estreia do uso do árbitro de vídeo na Libertadores. Aos 23, Sand foi derrubado com um puxão dentro da área, e o árbitro Wilmar Roldán só anotou o pênalti após muita discussão e a análise do auxílio tecnológico. Alejandro Silva, com muita categoria, deslocou Lux e fez o inacreditável quarto gol. Em apenas 24 minutos, o Lanús conseguiu os quatro gols que precisava e fez a festa em La Fortaleza para celebrar a vaga na decisão.