As salas de troféus de três atletas do Inter ganharam novos moradores a partir da última segunda-feira (9), quando Alexandro Bernabei, Alan Patrick e Letícia Monteiro conquistaram o Bola de Prata, tradicional premiação do futebol brasileiro, promovida pelos canais ESPN. Os jogadores do time masculino foram escolhidos melhor lateral-esquerdo e melhor meia, respectivamente, enquanto a guria colorada foi a revelação do futebol feminino.
Menos de 24 horas antes, Bernabei estava em Fortaleza disputando a última rodada do Brasileirão pelo Inter. Entretanto, ele já sabia que seu desempenho não refletiria na definição do prêmio. Afinal, as notas do argentino foram tão impactantes que nem um 10 de Cuiabano, do Botafogo, seu principal concorrente, no desfecho do campeonato seria suficiente para supera-lo.
Portanto, a passagem do lateral-esquerdo para São Paulo já estava comprada com antecedência para cumprir seu último ato como jogador do Inter em 2024. Ao contrário do prêmio, quando havia certeza da conquista, sua permanência no Beira-Rio ainda é uma incógnita. Inter e Celtic estão em negociações, o que pode forçar Bernabei a encerrar suas férias.
— Não depende de mim. Agora vou sair de vacaciones, digo, férias. Vamos ver o que vai acontecer — comentou Bernabei.
Revelação do feminino
Fã declarada de Marta, Letícia Monteiro teve a oportunidade de estar ao lado da referência na premiação. Enquanto a Rainha do Futebol ganhou a Bola de Ouro “Hors concours”, a meio-campista das Gurias Coloradas recebeu o prêmio de revelação do futebol feminino.
Embora o Inter tenha caído nas quartas de final da competição, a jovem chamou a atenção nos 17 jogos com seis gols e superou as concorrentes Any Marabá, do Atlético-MG, e Catalina Ongaro, do Bragantino.
Como o Brasileirão Feminino foi encerrado em setembro, não houve suspense para Letícia ir a São Paulo. O mesmo não valeu para Alan Patrick, melhor meia do Brasileirão, mas também concorrente ao Bola de Ouro.
Bola de Prata, quase de ouro
O capitão colorado sempre esteve bem cotado até a 33ª rodada, quando a lista da Bola de Prata era atualizada. A partir do momento em que começou o suspense nos jogos finais, não havia certeza da presença de Alan Patrick entre os 11. Principalmente pela lesão muscular que lhe afastou dos duelos com Botafogo e Fortaleza.
Porém, uma mudança no regulamento lhe ajudou. A partir deste ano, a regra era selecionar o goleiro, um lateral de cada lado, dois zagueiros e um volante. As demais cinco posições poderiam se ajustar conforme as notas dos jogadores de funções ofensivas.
Sendo assim, foram escolhidos os atacantes Estevão, do Palmeiras, e Luiz Henrique, do Botafogo, além de três meias: Savarino (Botafogo), Garro (Corinthians) e Alan Patrick, que creditou a ascensão do Inter ao trabalho do técnico Roger Machado.
— Sabíamos muito da qualidade do grupo. E ele (Roger) teve um mérito muito grande. Feliz pelo que conquistamos na temporada, já que foi um ano atípico — disse Alan Patrick.
Na Bola de Ouro, Alan foi superado pelo palmeirense Estevão, que também levou o prêmio de revelação. De tremenda habilidade com a perna canhota, ele precisou de ajuda do pai, da mãe e das irmãs, presentes no evento, para desfilar com os três troféus pelo tapete verde e levá-los para casa.
O prêmio foi dominado pelo Botafogo. Porém, como o elenco dos cariocas está no Catar para a disputa da Intercontinental, ninguém esteve presente. Além dos já citados, também venceram o Bola de Prata o goleiro John, o zagueiro Bastos e o volante Marlon Freitas como escolhidos. O português Artur Jorge foi eleito melhor técnico, superando o compatriota Abel Ferreira e colorado Roger.
Com as três Bolas de Prata acumuladas em 2025, o Inter chegou em sua 55ª conquista na história do prêmio. A lista, entre outros, conta com Figueroa, Falcão, Carpegiani, Batista, Mauro Galvão, Luiz Carlos Winck, Taffarel, Gamarra, Lúcio, Fernandão, Rafael Sobis, Fernandão, Nilmar, Edenilson e Bruna Benites.
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