O sonho do tetracampeonato brasileiro do Inter teve fim neste domingo (1º), no Rio de Janeiro. A vitória de 3 a 2 do Flamengo foi construída com uma forma de jogar que foi marca da equipe de Roger Machado durante a sequência invicta de 16 jogos na competição: a pressão alta. Assim, Filipe Luís construiu a estratégia que fez o Rubro-Negro ser amplamente superior no Maracanã.
Sem Borré, suspenso, Valencia foi a novidade no Inter. No Flamengo, Filipe Luís mandou Gabigol novamente para o banco e apostou em um ataque formado por Bruno Henrique e Gonzalo Plata pela faixa central. Gerson atuou aberto pelo lado direito e Michael pela esquerda. De la Cruz e o garoto Evertton Araújo formaram a dupla de volantes.
Domínio rubro-negro
O primeiro tempo foi quase todo jogado no campo do Inter. Com encaixes bem definidos, o Flamengo subiu a marcação e pressionou a saída de bola do Inter. O Colorado ficou preso ao seu campo. Quando tinha a posse, logo o time gaúcho era desarmado pelo perde-pressiona rubro-negro.
Sem conseguir sair pelo chão, o Inter também não teve sucesso nas bolas longas. A opção de Roger diante da ausência de Borré foi para que os balões do goleiro buscassem Wesley. O atacante colorado, no entanto, não teve sucesso nos duelos com seu xará rubro-negro.
Diferente do Inter, o Flamengo tinha seu goleiro como um homem a mais na saída de bola. Isso foi determinante para o time carioca conseguir sair bem de trás quando o Colorado buscava a marcação alta. Nesse cenário fez falta Rafael Borré, que tem uma capacidade maior de pressionar do que Valencia. O Inter acabou não conseguindo forçar o erro do adversário e sofria quando o Flamengo chegava ao ataque, principalmente nas jogadas pelos lados. Wesley e Gerson, pela direita, e Michael e Alex Sandro, pela esquerda, apareciam sempre com vantagens sobre os laterais colorados.
— A gente teve dificuldades de encaixar a marcação nos blocos médio e alto em função do Flamengo usar seu goleiro muito bem para gerar superioridade. A partir disso invertendo o jogo buscando seus homens abertos. A gente retomava a bola tendo feito muita força e estava longe um do outro para fazer os encaixes. Foi uma mistura de questões, mas a nossa incapacidade de equilibrar o momento defensivo nos tirou a possibilidade de cuidar melhor da bola e fazer nosso jogo associativo — avaliou Roger sobre o primeiro tempo do Inter.
A superioridade do Flamengo no primeiro tempo, para além do placar de 3 a 0, teve uma posse de bola de 58% e 11 a três em finalizações.
Mudança tática e reação
Em desvantagem no placar, Roger voltou para o segundo tempo sem mudar jogadores, mas com uma mexida tática. Fernando passou a aparecer entre os zagueiros na fase defensiva com o Inter formando uma linha de cinco, o que tirou a vantagem em amplitude ofensiva que o Flamengo tinha nas inversões para os pontas Michael e Gerson citada por Roger.
Com o 3 a 0, o Flamengo reduziu o ritmo permitindo ao time colorado ocupar mais o campo de ataque. Os gols de Wesley e Valencia mostram um sinal de reação do Inter, mas insuficiente para manter vivo o sonho do título. No Maracanã, o Colorado provou do seu próprio veneno e acabou derrotado por não conseguir vencer a marcação alta do Flamengo.
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