Após o gol marcado no empate em 1 a 1 com o Flamengo, quarta-feira (30), o atacante do Inter Enner Valencia deve ganhar mais oportunidades do técnico Roger Machado. O treinador cogita utilizar mais vezes o atleta ao lado de Rafael Borré, mas deve priorizar esta ideia contra adversários ofensivos, que jogam com as linhas altas, como o time carioca.
Na avaliação do comandante, Enner Valencia tem facilidade para aproveitar jogadas em profundidade. Ou seja, quando a bola é lançada nas costas da zaga adversária, estratégia mais difícil de ser executada contra times defensivos, que deixam menos espaços na defesa. Já Rafael Borré, na visão do técnico, gosta de se aproximar do companheiro que tem a bola para tabelar, o chamado "jogo apoiado".
— A característica do jogo era para o Valencia. O Flamengo, sob a gestão do Filipe Luís, busca não entrar em organização defensiva. O time joga muito alto e usa a regra do impedimento a seu favor para encurtar o campo do adversário. Então, naturalmente, as virtudes do Valencia casavam com aquele momento. Eu estava contando os minutos para colocá-lo em campo. Coloquei aos 25 minutos porque é um movimento mais arriscado — explicou Roger.
Ao sacar Thiago Maia e promover o ingresso de Enner Valencia, Roger montou a equipe no esquea 4-1-3-2, com Rômulo sendo o único volante e Gabriel Carvalho, Alan Patrick e Wanderson compondo a linha de três meias. No ataque, o equatoriano atuou ao lado de Rafael Borré.
— Eles têm um casamento bom. O Borré flutua um pouco e o Valencia busca as profundidades — completou Roger, que não descartou utilizar esta ideia no início dos jogos, dependendo das características dos adversários.
O fato é que Enner Valencia ganhou pontos com o comandante e, a partir de agora, tende a ser mais utilizado, seja ao lado de Borré, seja substituindo o colombiano no segundo tempo. Especialmente se o adversário jogar com as linhas altas.