No Beira-Rio, mais de 43 mil torcedores puderam presenciar um dos grandes confrontos da temporada. Inter e Flamengo fizeram uma partida de altíssimo nível, com oportunidades para os dois lados, jogo fluído, poucas faltas. Nem parecia Brasileirão. Mas era.
A recuperação da 17ª rodada, marcada pelo 1 a 1 com gols no final de cada tempo, Alcaraz para os visitantes, Valencia para os colorados. Com o resultado, a equipe de Roger Machado não entrou no G-4. Subiu para 53 pontos, dois atrás do próprio Flamengo. Faltam sete compromissos até o final da temporada.
— Penso que foi o melhor jogo do ano entre equipes brasileiras — resumiu Roger, na análise da partida.
E, para isso, o treinador enumerou algumas razões. As alternâncias da partida, com o Inter dominando boa parte, mas sem que o Flamengo ficasse atrás, pelo contrário, causando perigo, somadas ao grande público e, também, à arbitragem de Davi de Oliveira Lacerda, do Espírito Santo.
— Pelo que produzimos, penso que o sentimento da arquibancada foi o mesmo do vestiário. No início da partida, o árbitro me avisou qual seria o critério, falei que era perigoso, mas deu certo. Foi um jogo rápido porque a arbitragem ajudou — opinou o treinador, que não se somou às reclamações da arquibancada por um pênalti em uma intervenção de Varela, em que a bola bateu em seu braço.
Apesar da grande partida, na prática, o resultado apenas adia em mais uma rodada a igualdade da competição. Na recuperação dos jogos atrasados, agora com o mesmo número de partidas dos adversários diretos, 31, o Inter fica às portas do G-4. São dois pontos de diferença para o Flamengo, quarto colocado. E dois à frente do São Paulo, sexto. Isso é importante porque é muito provável que os cinco primeiros do Brasileirão disputem a fase de grupos da Libertadores de 2025 sem a necessidade dos playoffs. Pode ser G-6 caso os campeões da Copa do Brasil e da Libertadores estejam entre os cinco primeiros.
Pés no chão
Se o Inter mantém com situação encaminhada para a competição continental, o título só existe pela pontuação ainda em disputa. Os percentuais ainda permitem acreditar, mas a realidade é bem mais difícil. Roger, porém, perguntado se o empate devolvia os pés no chão, respondeu:
— Nossos pés sempre estiveram no chão. Quando falamos que poderíamos sonhar é porque matematicamente é possível. Jogos como esse só nos valorizam. Não é proibido empatar em casa, ainda mais nesse contexto. Buscamos três pontos contra o Atlético-MG e, na balança, fica equilibrado.
A outra notícia da noite foi Valencia. O centroavante entrou na parte final do jogo, mudou o panorama e fez o gol de empate. Ele voltou às redes após um mês. Depois do apito final, declarou:
— Acho que foi um jogo muito difícil para os dois times, os dois muito abertos. São times que sabem jogar bem com a bola. Qualquer um poderia ter vencido.
O Inter volta a campo na terça-feira. Pela 32ª rodada, recebe o Criciúma. Será o segundo dos três compromissos em sequência no Beira-Rio, que terminará na 33ª, diante do Fluminense.
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