O comando de Roger Machado faz o Inter reagir no Brasileirão. O Colorado chegou aos 32 pontos e abriu quatro para o Juventude.
Com sete de vantagem para a zona de rebaixamento e com três jogos a recuperar, alimenta voos maiores no Brasileirão.
— A gente quer escalar essa tabela o mais rápido possível para almejar coisas maiores. Matematicamente ainda há pontos para ser o primeiro, mas sabemos que a dificuldade é grande. É jogo a jogo transformando em final. A evolução vai do tempo com o jogador entendendo o que o treinador quer que seja feito pelo campo. O segundo gol mostra a busca por passes curtos com a presença da área bem cheia ou, pelo menos, bem colocada, como estava o Gabriel. A evolução é nítida mesmo com as trocas e com as saídas — afirmou Roger Machado em sua coletiva após a partida.
O começo do jogo no Jaconi foi de dificuldade, com Rochet fazendo boas defesas antes da primeira finalização perigosa do Inter, que veio em chute de fora da área de Rômulo aos 26. Três minutos depois, Borré abriu o placar. Gabriel Carvalho fez o 2 a 0 aos 33, o seu primeiro gol como profissional. O garoto ganhou elogios do chefe.
— É um jogador que está descobrindo os caminhos do campo. É diferente jogar com atletas da sua idade e estar no profissional, onde os jogadores têm uma leitura melhor de jogo, mais força. Ele estava merecendo fazer seu primeiro gol no profissional — apontou Roger, que ressaltou a dificuldade que o Juventude impôs no começo da partida.
— O jogo se manteve equilibrado bem próximo do 25º minuto do jogo com o Juventude fazendo uma pressão alta nos impedindo de construir e fazendo volume pela pressão de jogar em casa. Quando encontramos as rotas de saída dominamos as ações ofensivas. Claro que com um jogador a mais as coisas ficam mais controladas. Foi um grande jogo, valorizado por um grande adversário. Neste ano se reviveu o clássico estadual entre Inter e Juventude, que estava ali adormecido. É bom ver um estádio cheio e as equipes brigando dessa forma — avaliou.
No retorno ao Jaconi, Roger Machado foi alvo de críticas e xingamentos pela torcida do Juventude. Alguns torcedores imprimiram notas de dinheiro com o rosto do treinador, que resumiu os protestos como algo no qual já está adaptado no futebol.
— São os amores e ódios. Acho que são sentimentos muito próximos. Não é nada confortável, mas sempre digo que não estou acostumado e sim adaptado a esse ambiente — disse.
O Inter voltará a campo apenas em 11 de setembro para o jogo atrasado da 19ª rodada contra o Fortaleza.
Por ser apenas um dia depois da rodada das Eliminatórias, a tendência é de que Roger não possa contar com o goleiro Rochet e os atacantes Borré e Valencia, convocados para defender suas seleções na data Fifa.