Roger Machado deve comandar o primeiro treino do Inter na tarde desta quinta-feira (18) no CT Morada dos Quero-Queros, em Alvorada. Com ele, estarão o preparador físico Paulo Paixão, o auxiliar Adaílton Bolzan e o analista de desempenho Guilherme Marques, vindos do Juventude. Além do auxiliar Roberto Ribas, que trabalhou com Roger no Grêmio. O novo técnico já terá uma decisão importante a tomar. No sábado, o time visita o Botafogo pelo Brasileirão.
O jogo é no Estádio Nilton Santos, de gramado artificial, contra o líder do campeonato. Três dias depois, decide o futuro na Copa Sul-Americana na partida de volta com o Rosario Central, no Beira-Rio. A nova comissão terá de decidir o planejamento para esses dois compromissos.
Por um lado, o Brasileirão segue importante e o Inter, que tem quatro jogos a menos do que a maioria dos adversários, ficou para trás na tabela. Por outro, é justamente essa condição de atraso que faz aumentar a importância da Copa Sul-Americana, ainda mais depois da eliminação na Copa do Brasil.
A sequência pesada do calendário, somada à parada forçada por causa da enchente, deixou o time em claro declínio físico. Jogadores como Bruno Henrique, Alan Patrick e Wanderson estão desgastados. Valencia, Thiago Maia, Vitão e Fernando sofreram com lesões musculares. Aránguiz teve problemas nos tornozelos.
O Inter tem um dilema para resolver: rifar o jogo contra o Botafogo, que tradicionalmente causa problemas aos adversários, e ter mais fôlego na Sul-Americana, ou lançar força máxima para tentar uma recuperação imediata no Brasileirão e arriscar o jogo com o Rosario Central.
Mudança de estilo
O técnico também poderá mexer na forma de a equipe jogar. Enquanto Eduardo Coudet era adepto de marcar desde o campo de ataque, pressionar o adversário e, de posse da bola, valorizá-la, o trabalho mais recente de Roger pregava outra filosofia. Ele baixava as linhas, subia a pressão em seu campo e apostava em um jogo mais direto, de contra-ataque. Claro que há de se levar em conta as diferenças de grupos de jogadores e de exigências dos clubes.
Esse ponto, porém, foi apontado no diagnóstico do trabalho de Coudet. Com um conjunto de atletas tão desgastados, tentar manter aquele estilo não estava mais funcionando. Roger tem um desafio enorme pela frente. E pouco tempo para ajustar tudo.