Antes mesmo da bola rolar no Beira-Rio neste domingo (7), alguns jogadores foram vaiados já no telão quando a escalação inicial do Inter foi anunciada. Entre eles, o meia Hyoran, escolhido por Eduardo Coudet para iniciar entre os titulares contra o Vasco.
Após a partida, em entrevista concedida na zona mista, o jogador fez uma autocrítica sobre seu desempenho com a camisa colorada, mas também fez uma revelação sobre a cobrança vinda das arquibancadas.
— Claro que chateia. Ninguém gosta de ser vaiado, todo mundo gosta de ser aplaudido. Mas, isso faz parte do futebol e a gente busca não deixar isso afetar. O Hyoran que foi contratado não foi por causa deste futebol que está tendo agora. Tenho consciência disso, sei que posso e devo melhorar. Venho buscando isso no dia a dia. As vaias não ajudam em nada, não agregam, mas é normal no futebol — destacou.
Contratado no início do ano por indicação de Coudet, que o comandou no Atlético-MG, Hyoran disputou 18 partidas com a camisa colorada, tendo marcado um único gol e dado duas assistências. O vínculo com o Inter vai até o fim de 2025.
Apesar de ser um dos alvos de cobranças, o atleta de 31 anos aposta no fator local para iniciar uma recuperação no Brasileirão e seguir vivo na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.
— A gente está convicto sobre o nosso trabalho. Sabemos que o resultado não foi o ideal, mas estamos buscando melhorar. O torcedor é apaixonado, não vai abandonar o clube em um momento importante. Estamos voltando para a casa, passamos por momentos de muita dificuldade. Não só nós, mas todo o Estado, e não podemos esquecer do que passamos. Os resultados não vieram, mas saio com o sentimento de que as coisas vão engrenar. Jogar aqui (no Beira-Rio) é diferente. A gente sente a adrenalina e é totalmente diferente de mandar um jogo em outro lugar. Então, acredito que, com o apoio da torcida, a gente pode fazer um grande jogo na quarta-feira e começar a engrenar para ter um bom ano ainda — afirmou.