A volta do Inter ao Beira-Rio, após 70 dias, não agradou aos mais de 33 mil torcedores que compareceram neste domingo (7), muito menos o treinador colorado Eduardo Coudet. Após a derrota por 2 a 1 para o Vasco, o argentino buscou explicações para o resultado negativo, mas acabou mostrando mais incertezas do que soluções para o restante da temporada.
— Todos esperavam ficar com os três pontos hoje. Fomos os protagonistas até a jogada sem sorte em que tomamos o gol. Aí bateu o nervosismo. Até aquela jogada eles não tinham chutado a gol. Não nos falta presença ofensiva, mas tivemos que recorrer a um garoto e que não vamos colocar responsabilidade nele. Utilizamos alguns jogadores que não estavam 100% e foi decepcionante voltar para cá com derrota — disse Coudet.
Com a derrota, o Inter ficou estacionado na 10ª posição do Brasileirão, com 19 pontos. Apesar de ter duas partidas atrasadas, o Colorado está 12 pontos atrás do líder Flamengo. Por conta disso, o torcedor começa a se questionar se não vale mais focar nas copas ao invés do torneio de pontos corridos.
— Pensamos no próximo jogo. Vamos olhar quem pode iniciar e fazer um bom jogo — respondeu Coudet sobre a possibilidade de priorizar as copas.
O Inter, inclusive, tem um duelo pela Copa do Brasil contra o Juventude no meio da semana. Na quarta (10), as equipes se enfrentam no Beira-Rio pela partida de ida da terceira fase da competição.
Além da parte física, que foi bastante mencionada pelo treinador, a parte mental também pode fazer a diferença. Antes do jogo contra o Vasco, jogadores como Renê e Hyoran foram vaiados. Após a derrota, vaias para todo o time. Como blindar o grupo desse fator externo?
— Quando não ganha, isso acontece. Como blindar? Não tem maneira. Sabemos que quarta-feira não será o melhor clima para começar. Não é uma situação boa para ninguém, mas no futebol acontecem essas coisas.