A segunda passagem de Eduardo Coudet no Inter chegou ao fim na quarta-feira (10), após derrota do Colorado para o Juventude pela Copa do Brasil. O presidente Alessandro Barcellos anunciou o fim de trajetória do treinador argentino em coletiva de imprensa no Estádio do Beira-Rio.
Os resultados negativos recentes e a dificuldade para implementar o estilo de jogo foram alguns argumentos utilizados pelo presidente para a saída de Coudet. Pedimos a ajuda dos colunistas de Zero Hora para saber quais foram os motivos para a demissão:
Marcelo De Bona, narrador da Rádio Gaúcha e colunista de Zero Hora
"Os motivos que aparecem em toda demissão. Resultados que não acontecem enfraquecem o trabalho. Há um agravante, pelo fato da enchente ter acumulado muitos jogos do Inter. Assim, a ideia principal do treinador de intensidade não conseguiu mais aparecer no time, pelo acúmulo de jogos e pelo perfil do elenco montado, formado por jogadores mais experientes. É preciso lembrar, entretanto, que o trabalho já não era bom antes da enchente, com a equipe se complicando na Sul-Americana e com uma eliminação precoce no Gauchão. Vimos pouquíssimos lampejos nessa atual passagem do Coudet, em relação com 2020. Foram poucos os jogos que o Inter teve bom futebol."
Leonardo Oliveira, comentarista da Rádio Gaúcha e colunista de Zero Hora
"Creio que o desalinho entre perfil do grupo e ideia de jogo do técnico. Coudet nunca conseguiu, nem nos melhores momentos da Libertadores, jogar com a alta pressão e a transição rápida que marcam seu jogo. Adaptou-se ao grupo e fez uma mescla do seu jogo com as características dos atletas. Neste ano, com o calendário ainda mais apertado e os jogadores cansados, menos ainda se viu um Inter com as marcas do técnico."
Vaguinha, torcedor identificado do Inter e colunista de Zero Hora
"Na minha visão foram três motivos. Primeiramente, ele perdeu parte do comando do vestiário após Inter x São Luiz, quando pediu Oscar, após grande atuação do time; em segundo lugar, a insistência num esquema de jogo que tinha dificuldades em jogar contra times bem armados defensivamente. Não apresentou repertório; por fim, subutilizou os jovens em detrimento de 'bruxos'. A insistência em Hyoran é um exemplo. Enquanto Gustavo Prado, que teve poucas chances como titular, quando foi mal, voltou para o banco. Gabriel Carvalho foi arquivado após assistência decisiva contra o Vitória, em Salvador."