A melhor notícia do dia é que o Inter já tem data para voltar ao Beira-Rio. Será no dia 7 de julho, contra o Vasco. E a torcida tem uma obrigação: lotar cada espaço.
Para isso, o clube precisa ser compreensivo com o estado de coisas, e colocar preços populares. Sim, sabemos que as finanças foram drasticamente afetadas pela enchente e que a manutenção do estádio compreende uma grande parte dessas. Mais importante que isso, entretanto, é lembrar que boa parte dos torcedores também foi duramente afetada. A inadimplência deve crescer, as desassociações, também.
Esse é o momento de incentivar a torcida a comparecer. Há margem para reduzir os valores. Dá para botar mais de 40 mil pessoas no estádio. Às vezes, por ganância ou miopia, dirigentes esperam grandes rendas com ingressos altos, mas tropeçam na realidade e veem as bilheterias minguarem, com 15, 20 mil adeptos.
O Inter não pode cometer esse erro. A torcida é fundamental na retomada.
Fora, mas em casa
Neste domingo, o Inter disputa uma partida singular: joga de visitante naquela que foi a sua casa nos últimos jogos do Brasileirão. Os colorados de Criciúma devem lotar o seu espaço, ainda que o preço esteja salgado — R$ 100 a meia-entrada, R$ 200 a inteira, o que é um tanto absurdo para o fim do mês.
Não dá para reclamar, no entanto, da hospitalidade dos criciumenses com os colorados. As organizadas estiveram juntas na arquibancada, a festa foi feita nos arredores, as arquibancadas ficaram cheias sem qualquer problema. A torcida colorada transformou o Beira-Rio no Beira-Hülse com o apoio e o incentivo local. O Inter precisa ser muito grato ao que o clube carvoeiro e sua torcida fizeram.
Assim que o nosso estádio estiver de volta, será necessário retribuir todo o carinho oferecido pelos catarinenses. Espero que o Inter seja tão hospitaleiro quanto eles foram. Menos dentro de campo, é claro.