Na Arena da Baixada, o Athletico-PR costuma ganhar, seja pelo ambiente ou pelo gramado sintético. Por isso, o 1 a 0 que o Inter levou nesta terceira rodada do Brasileirão não está tão fora da curva. Mas a forma como veio o resultado, com o time de Eduardo Coudet pressionando, criando as melhores chances e sendo castigado pouco depois de Borré perder uma chance clara, deixa um gosto pior para a derrota.
Os colorados estacionam na tabela com seis pontos. Agora, dão um tempo no Brasileirão e visitam o Delfín, no Equador, pela Copa Sul-Americana.
Sobre o jogo no Paraná, o Inter lamentou não ter voltado para Porto Alegre com algum ponto. Foi superior, no entendimento colorado, ao adversário, criou as melhores chances mas não conseguiu transformá-las em gol.
— Nos faltou o gol. Ou até gols, pelo que produzimos. Estou orgulhoso da nossa equipe. É muito difícil ter quase 20 finalizações aqui neste campo, se adaptar às condições e jogar com o protagonismo que tivemos. Nunca queremos perder, mas estou aliviado porque o time sabe o que fazer em casa ou fora. Quer ser protagonista. É difícil falar que tivemos uma muito boa atuação quando perdemos, mas tivemos uma muito boa atuação. Só não veio o resultado. Criamos muito, está faltando a bola entrar. E quando isso acontecer, vai entrar bastante — avaliou Coudet.
Justamente essa falta de precisão cobrou o preço no Paraná. Borré, que teve três chances (duas na mesma jogada e uma acertando o poste), foi o protagonista desse cenário. Que volta a incomodar o Inter. Não é a primeira vez que o time pena para marcar. O lateral-esquerdo Renê disse:
— Quando vi a bola, estava comorando o gol e a bola deu na trave. Tem coisas que não têm explicação. Vamos seguir treinando para diminuir esses erros e fazer o gol.
Coudet minimizou. Lembrou que Valencia e outros atacantes passaram por isso e passou confiança a Borré:
— Temos atacantes de hierarquia. Não vou ensinar finalizações a Borré, não precisa. Ele treina muito. Mas quem está no futebol sabe que esses períodos acontecem. Ano passado foi com Enner. Quando abriu a porta, não parou mais de fazer gols. Agora é com Rafa (Borré), que está trabalhando para o time, fazendo um esforço enorme. Precisamos utilizá-lo o tempo todo porque Alario e Enner estão machucados, então necessitamos por todo o jogo. Vamos seguir criando situações porque em seguida vai converter. Claro que gols são importantes para um atacante, mas está fazendo tudo. Tenho certeza que vai fazer muitos pelo Inter.
O técnico ampliou as informações sobre as lesões de Alario e Valencia. O argentino teve uma fissura em uma costela, enquanto o equatoriano segue usando uma botinha no pé direito. Eles e Aránguiz não têm previsão de retorno. Alan Patrick pode reaparecer contra o Juventude, caso esteja 100% curado da lesão muscular que sofreu contra o Tomayapo há duas semanas. Além disso, Wanderson deixou o campo lesionado em Curitiba. Rômulo e Bruno Henrique se queixaram de sobrecarga.
Por isso, não há muito o que preservar diante do Delfín-EQU. Na quinta-feira, a equipe tem uma partida importante pela Copa Sul-Americana. Coudet lembrou que até o Flamengo, com o grupo mais caro e recheado do país, já falou que terá de escolher alguma competição. Mas o técnico colorado deixou claro:
— Todos os times terão de decidir por alguma competição. Mas ainda não é o momento. Recém estamos no começo. Vamos colocar quem tiver condições.
Depois do Equador, o Inter receberá o Atlético-GO, no Beira-Rio, pelo Brasileirão, em partida marcada para o domingo à noite. E na quarta-feira enfrenta o Juventude, também em Porto Alegre, pela Copa do Brasil. Essa sequência toda sem algum dos principais jogadores.