O Inter atual já marcou oito gols em Copa do Mundo. E já defendeu pênalti. Disputou mata-mata. Levantou caneco de Copa América. E de Mundial sub-20. Ganhou medalha nos Jogos Pan-Americanos. Por enquanto, há 16 jogadores que já representaram seus países.
E tem ainda Fernando e Borré para engrossar essa lista. Um time cascudo, acostumado a grandes jogos portanto, estará à disposição de Eduardo Coudet para enfrentar o Grêmio, domingo, no Beira-Rio.
Claro que o maior expoente do Inter em termos de seleção é Enner Valencia. Capitão do Equador, foi autor de seis gols em duas Copas do Mundo disputadas. Todos eles foram marcados consecutivamente, sem que qualquer companheiro fizesse algum. Isso o coloca na mesma prateleira de figuras históricas como Eusébio, Paolo Rossi e Oleg Salenko. Só eles conseguiram essa proeza.
— O mais importante é representar meu país. Jamais tinha me imaginado assim. Ter jogado duas Copas do Mundo é o que sempre vou contar para meus filhos — disse o equatoriano, em entrevista ao jornal Olé, da Argentina.
Mas não foi apenas Valencia que escreveu sua história em Copas. A Argentina de 2018 teve gol de Mercado. No Chile de 2014, Aránguiz deixou sua marca contra a Espanha. E Rochet pegou um pênalti cobrado por Andre Ayew em 2022. Dos demais estrangeiros do grupo, Bustos disputou amistoso pela Argentina. Hugo Mallo defendeu a Espanha no sub-20, inclusive foi derrotado pelo Brasil de Alan Patrick na semifinal da competição.
Para a Seleção com S maiúsculo, aquela principal, pentacampeã, foram convocados Robert Renan, Luiz Adriano e Ivan (goleiro que está lesionado). Os demais receberam chamados para base ou Jogos Pan-Americanos. O que não diminui o tamanho da honra. E isso é dito por um dos colorados especialistas no assunto.
Cláudio André Taffarel, além de integrante da atual comissão técnica da Seleção Brasileira, teve 123 convocações quando era goleiro. Muitas delas, especialmente as primeiras, em razão do que fazia no Beira-Rio. Com essa autoridade sobre a posição, ele afirma:
— É um prestígio ser convocado para a Seleção. Tu deixas de defender as cores do teu clube e passas a defender a torcida de todo o país. E é muito gratificante porque tem muita gente boa, e você consegue aparecer, porque vão os melhores.
O goleiro do tetra dá uma dica final aos selecionáveis:
— Não pode considerar a convocação como uma pressão. O que leva um jogador à Seleção é o que se faz no clube. No meu caso, repetia na Seleção o que fazia no Inter. Ser chamado é motivo de orgulho e não de pressão.
E os colorados têm muitos motivos para se orgulhar. Inclusive, para esperar novos chamados no futuro.
A lista colorada
Rochet (Uruguai)
Copa do Mundo, Copa América e Eliminatórias
Bustos (Argentina)
Amistoso
Vitão (Brasil)
Sul-Americano sub-20 e seleção pré-olímpica
Mercado (Argentina)
Copa do Mundo, Copa América, Sul-Americano sub-20 e Mundial sub-20
Aránguiz (Chile)
Copa do Mundo, Copa América, Copa das Confederações e Sul-Americano sub-20
Alan Patrick (Brasil)
Mundial sub-20 e Sul-Americano sub-20
Mauricio (Brasil)
Pré-Olímpico
Valencia (Equador)
Copa do Mundo, Eliminatórias e Copa América
Ivan (Brasil)
Eliminatórias e Amistosos
Robert Renan (Brasil)
Amistosos na Seleção, Sul-Americano sub-20, Mundial sub-20
Hugo Mallo (Espanha)
Mundial sub-20
Thauan Lara (Brasil)
Jogos Pan-Americanos
Bruno Gomes (Brasil)
Pré-Olímpico
Matheus Dias (Brasil)
Jogos Pan-Americanos
Alario (Argentina)
Eliminatórias e Amistosos
Luiz Adriano (Brasil)
Amistosos, Mundial sub-20 e Sul-Americano sub-20