Keiller; Ernando, Zé Gabriel, Paulão e Zeca; Gabriel Dias, Palacios e Gustavo Maia; Rossi, David e Sarrafiore. O que esse time tem em comum? Ele é fruto da união sinistra Vasquinter, a famosa parceria entre Vasco e Inter. Em toda janela de transferências, o Gigante da Colina passa no balaio de saldos do Colorado e faz uma limpa.
Os mais jovens não vão lembrar, mas teve uma época em que o Inter fazia o contrário: contratava o que sobrava da equipe cruzmaltina. Foi assim que chegaram no Beira-Rio Luiz Cláudio, em 2001, e Maricá, em 2002, por exemplo. Parece que Pedro Henrique é o próximo a sair para o brechó de São Januário.
Essa é uma demonstração de que a vida é feita de convicções — que mudam. O Colorado Delirante, por exemplo, é um daqueles torcedores de arquibancada que aplaude todo jogador que corre pela ponta e vibra quando sai o escanteio: por isso, amou criaturas como Hector Hurtado, Paulo Diniz, Danilo, Jajá Coelho, Sarrafiore e, mais recentemente, Pedro Henrique.
Os amores de arquibancada do Delirante são tão efêmeros quanto os de Carnaval. Não foi diferente com PH: assistir a uma partida do Inter com ele hoje se tornou um tonitruante exercício de paciência, em que ele desfila todos os xingamentos possíveis ao coitado. O mais novo é "amigo do careca", seja lá o que isso signifique.
Seja como for, fica aqui o meu agradecimento eterno ao Vasco por dar um destino digno a todos os jogadores que, por circunstâncias da vida, não deram certo aqui. Obrigado, Gigante! E que a união sinistra Vasquinter continue forte.