Por incrível que pareça, ainda pode ser que falte ponto(s) para o Inter não precisar mais nem sequer entreouvir a palavra rebaixamento. E certamente ainda precisa de algum resultado positivo nas três rodadas finais para confirmar vaga na Copa Sul-Americana. E é em busca dessas vitórias que o time vai atrás nos três últimos jogos.
O desafio aumenta porque há um tabu nos dois próximos palcos: a equipe nunca ganhou na Arena Pantanal nem no Itaquerão. O primeiro é nesta quarta, a partir das 20h, diante do Cuiabá.
Foram três partidas no estádio construído para a Copa do Mundo de 2014. A primeira, justamente no ano da inauguração, terminou em empate. À época na Série C, o Cuiabá foi adversário do Inter na Copa do Brasil. Na partida de ida da segunda fase do torneio, na Arena Pantanal, os donos da casa saíram na frente, mas Rafael Moura deixou tudo igual a quatro minutos do fim.
No time colorado, comandado por Abel Braga, estavam Alan Patrick e Aránguiz, que estarão entre os 11 titulares nesta noite, deixando o meio-campo ideal de Eduardo Coudet. O grupo contava ainda com Dida, Alex e D’Alessandro, entre outros. Na volta, goleada por 4 a 1 e avanço na competição.
Clima
Um dos tantos gaúchos naquele time do Cuiabá era Cleverson, atacante que fez carreira no Interior, especialmente no Brasil-Pel. Ele recorda o jogo e fala sobre as dificuldades que os times encontram ao enfrentar o Cuiabá no Mato Grosso:
— Para quem é gaúcho, tem um fator muito importante que é o clima. Tinha determinados momentos no jogo ali que, meu Deus do céu, o peito esquentava e o ar não vinha. Para nós, é uma dificuldade a mais. É realmente muito abafado. Para mim, é a maior dificuldade que o Inter vai enfrentar.
O segundo jogo entre Cuiabá e Inter na Arena Pantanal foi pelo Brasileiro de 2021, também nas rodadas derradeiras, mais precisamente a 33ª. Os colorados se arrastavam para o final de ano apenas cumprindo tabela. E perderam a única partida na casa do adversário, 1 a 0, gol de pênalti do centroavante Elton. Na equipe de Diego Aguirre havia um jogador da equipe atual, o zagueiro Gabriel Mercado.
Torcida
No ano passado, mais uma partida e mais um jogo sem vitória, desta vez com Mano Menezes no comando. Mas com empate. O 1 a 1 válido pela 7ª rodada teve gol colorado marcado por De Pena, de pênalti.
— Estamos focados aqui, ainda temos três guerras pela frente. Nunca pensamos em questões de rebaixamento, mas sabíamos onde estávamos. Os resultados deixaram tudo mais embolado – disse o meia Mauricio após a vitória sobre o Bragantino.
O Inter terá um apoio importante na capital do Mato Grosso. Colônia de gaúchos, Cuiabá é um local clássico de presença de torcida. São esperados 4 mil colorados na Arena Pantanal. Até o início da tarde de terça-feira (28), cerca de 2 mil ingressos já haviam sido vendidos para a torcida visitante.
Depois do Cuiabá, o Inter visita o Corinthians. E em Itaquera, outro estádio construído para o Mundial de 2014, inaugurado em 2013, o retrospecto é pior. Foram nove partidas e zero vitórias, com quatro derrotas e cinco empates. Apenas uma vez, a equipe colorada saiu comemorando: ao vencer nos pênaltis pela segunda fase da Copa do Brasil de 2017. Dos últimos seis confrontos na casa corintiana, cinco terminaram em igualdade.
A boa notícia para o Inter é que, com dois pontos a mais (ou seja, dois empates nas duas partidas restantes como visitante), o Inter terá menos de 0,1% de risco de rebaixamento e aumentará para 78% as chances de confirmar vaga na Copa Sul-Americana, de acordo com os cálculos do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O histórico
- 3 jogos
- 0 vitória
- 2 empates
- 1 derrota
- 2 gols pró
- 3 gols contra
- -1 gol de saldo
Os confrontos
- 2014 – Cuiabá 1x1 Inter (Copa do Brasil)
- 2021 – Cuiabá 1x0 Inter (Brasileirão)
- 2022 – Cuiabá 1x1 Inter (Brasileirão)