O torcedor do Inter morto a tiros em Canoas na madrugada desta quinta (26) estava afastado dos estádios. Fabio Panyagua Borges, o Fabinho, líder regional da Nação Independente, cumpria 90 dias de suspensão por tumulto no jogo Inter x América-MG, em 31 de maio.
Até o momento, porém, não houve informação sobre a ligação entre o homicídio e sua atividade na torcida. A polícia trabalha com outras linhas de investigação, entre elas a desavença pessoal.
Segundo o delegado Arthur Reguse, da Delegacia de Homicídios de Canoas, responsável pela investigação, o caso é de execução, mas a motivação ainda será apurada. Nenhuma possibilidade está descartada, e as imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas. Fabio tinha antecedentes criminais por lesão corporal e criação de tumulto.
Mais cedo, o presidente da Nação Independente, Eduardo da Silva Rodrigues, o Capitinga, disse que foi "pego de surpresa" pela "notícia trágica" da morte e que não acredita que exista relação entre o crime e a torcida.
Borges estaria bebendo na rua, perto de um depósito de bebidas na Rua 17 de abril, bairro Guajuviras, quando, por volta de 0h30min, quatro homens desceram de um carro prata e o balearam. Foram recolhidas pela perícia 12 cápsulas de pistola 9mm e outras quatro de .40. O homem morreu no local e os atiradores fugiram. Nada foi roubado e ninguém mais foi ferido.