A caminhada do Inter em busca do tri da América passa por La Paz. Nesta terça (22), às 19h, o Colorado enfrentará o Bolívar na partida de ida das quartas de final da Libertadores.
O Desenho Tático de GZH mostra como joga e os perigos que o adversário deverá apresentar ao time de Eduardo Coudet na altitude de 3,6 mil metros no Estádio Hernando Siles.
Ainda que o desenvolvimento gerado pela parceria com o Grupo City busque tornar o Bolívar uma potência na América do Sul que possa colher bons resultados também fora de La Paz, o atual time treinado pelo espanhol Beñat San José ainda tem altitude como determinante para sua caminhada na Libertadores. Dentro de sua casa, o Bolívar tem 100% de aproveitamento, com quatro de suas cinco vitórias na competição.
Como joga em casa
Beñat San José habitualmente monta o Bolívar com três zagueiros. Assim, ele tem no avanço dos alas forte arma para executar seu modelo de jogo. Aproveitando os efeitos que a altitude causa em seus adversários, que muitas vezes apostam em posturas mais defensivas, o Bolívar costuma atacar com muitos jogadores.
O principal alvo das jogadas bolivianas é o centroavante Ronnie Fernández. O chileno é o artilheiro da equipe na temporada, com 15 gols. Ele também é o goleador do Bolívar na Libertadores, com quatro gols.
Com alto poder físico, ele deve gerar preocupação aos defensores colorados na bola aérea e também nas jogadas de pivô. Se aproximam dele os brasileiros Francisco da Costa e Bruno Sávio, novidades para os mata-matas da Libertadores.
Ataque pelos lados e presença na área
O Bolívar constrói poucas jogadas pela faixa central. Pelos lados, as dinâmicas ofensivas são diferentes. Na direita, Diego Bejarano se destaca pela batida na bola. É ele o responsável pelas cobranças de escanteios e faltas laterais. Seus cruzamentos com bola rolando também geram perigo. O camisa 8 tem três gols marcados nesta Libertadores e duas assistências.
Na esquerda, a forma de atacar muda um pouco. Contra o Athletico-PR, o atacante Patito Rodríguez, ex-Santos, foi escalado como ala. Ponta de origem, ele oferece drible no setor tendo as aproximações de Francisco da Costa e Bruno Sávio para gerar superioridade diante dos adversários.
Da Costa e Sávio também recebem a missão de se aproximar de Ronnie Fernández para serem opções de finalização e também da segunda bola. Dificilmente o Bolívar faz cruzamento com Ronnie sem companhia. Beñat procura que seu time faça os cruzamentos com a área de ataque bastante preenchida.
A diferença do jogo exercido pelo Bolívar em La Paz para longe da altitude fica clara nos números. Além de ter marcado nove de seus 14 gols como mandante, o time boliviano finaliza em média o dobro quando está em casa.
A equipe tem média de 20,7 chutes a gol no Estádio Hernando Siles, sete no alvo. Fora, esses números caem para 10,7 por partida, com média de três por jogo no alvo. O adversário do Inter também tem mais a bola em La Paz, média de 57,2% em casa e 40,5% fora.
Números do Bolívar na Libertadores
Em casa
Palmeiras, vitória por 3 a 1
- 55% de posse
- 20 finalizações, 8 no gol
Barcelona, vitória por 1 a 0
- 63% de posse
- 22 finalizações, 6 no gol
Cerro, vitória por 2 a 0
- 45% de posse
- 18 finalizações, 6 no alvo
Athletico-PR, vitória por 3 a 1
- 66% de posse
- 23 finalizações, 8 no alvo
Média em casa
- 57,2% de posse
- 20,7 finalizações, 7 no alvo
Fora de casa
Barcelona, derrota de 2 a 1
- 50% de posse
- 12 finalizações, 3 no gol
Cerro, vitória por 4 a 0
- 35% de posse
- 13 finalizações, 6 no gol
Palmeiras, derrota por 4 a 0
- 42% de posse de bola
- 6 finalizações, 2 no alvo
Athletico-PR, derrota por 2 a 0
- 35% de posse
- 12 finalizações, 1 no alvo
Média fora
- 40,5% de posse
- 10,7 finalizações, 3 no alvo