Eduardo Coudet surpreendeu ao escalar o Inter com três zagueiros na partida contra o Bolívar, na terça-feira. A vitória por 1 a 0 na altitude deixou o time próximo da classificação às semifinais da Libertadores.
Com o resultado satisfatório, GZH questiona se vale a pena repetir a ideia em outras partidas da temporada.
Acho que sim. O Inter tem de jogar em um esquema fechadinho, mais marcando do que atacando. Falta ao meio-campo a qualidade para a troca de passes. Além da falta de um fazedor de gols. O Inter, neste momento, tem de ser o time que vai jogar por uma bola e aprimorar a bola parada.
Gosto da ideia de jogar com três zagueiros. Essa ideia pode ser utilizada na montanha e dentro do Beira-Rio. Na montanha, segura os laterais. No Beira-Rio, eles avançam para fazer os gols. Preferia ficar com os três zagueiros. O Inter tem três zagueiros de qualidade e pode se retrancar direitinho, se fechar bem e sair com os laterais. Pode ser assim em qualquer situação.
Não vale. A estratégia utilizada por Eduardo Coudet em La Paz foi oriunda de um contexto muito específico, tanto com relação à altitude quanto à qualidade técnica do Bolívar. Repeti-la para jogos no Brasileirão pode ser um esquema suicida, pois times como Flamengo e Palmeiras, por exemplo, saberão o que fazer com a bola, algo que foi um problema crônico dos bolivianos na partida contra o Inter. Além disso, Coudet precisa de tempo e testes para implementar seu modelo de jogo no time.
Penso que não. O esquema adotado na Bolívia foi providencial pelas circunstâncias do jogo. O Inter sequer tem jogadores para isso. O que atrapalha o Inter no Brasileiro é o foco na Libertadores, o que é absolutamente compreensível.