O hotel em que a delegação do River Plate está hospedada, na zona norte de Porto Alegre, virou a embaixada da Argentina. Horas antes da partida contra o Inter, pelo jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, os torcedores dão um clima de estádio à concentração.
Já na entrada, sem poder passar pelos seguranças por não estarem hospedados no mesmo local da equipe, alguns torcedores entoam cânticos, com instrumentos musicais e bandeiras.
— Enfrentamos 26 horas de viagem até aqui. Somos 50 pessoas e não temos ingressos para o jogo e, por isso, viemos aqui apoiar os jogadores no hotel — disse um dos argentinos.
Do lado de dentro do hotel, o ambiente teve menos barulho, mas com fanatismo idêntico. Pela manhã, funcionários do clube testemunharam esta devoção, sendo tietados para fotos. Entre eles, o ex-zagueiro Javier Pinola, atual membro da comissão técnica, e Enzo Francescoli, ex-meia e atual diretor de futebol.
— São nossos ídolos — disse o jovem Tiago Btech, de 16 anos, um dos torcedores que conseguiu chegar perto das duas figuras históricas do clube.
A confiança dos argentinos está baseada na vitória de virada no duelo de ida, em Buenos Aires. Por isso, a equipe de Demichelis jogará por vitória ou empate. Em caso de vitória do Inter com placar mínimo, a vaga será decidida nos pênaltis.
— Vai ser complicado porque o jogo é no Brasil e nossa defesa costuma sofrer gols. Então, temos que atacar. Mas o River sempre gosta de jogar como visitante na Libertadores — conclui ele.
Para o duelo desta terça-feira (8), agendado para iniciar às 21h, os argentinos devem repetir a escalação usada no Monumental de Núñez, com: Armani; Casco, González Pírez, Paulo Díaz e Enzo Díaz; Enzo Pérez, Aliendro, De la Cruz, Nacho Fernández e Barco; Beltrán.