A vitória contra o Coritiba, na noite de quinta-feira (22), no estádio Couto Pereira, simbolizou a retomada do Brasileirão e de um novo momento no Inter. Os discursos de dois dos principais líderes do elenco colorado foram na mesma linha: superar o debate sobre o condicionamento físico, apontado como causa do mau rendimento no primeiro semestre.
Na saída de campo, o lateral-esquerdo Renê considerou o primeiro tempo ruim. Segundo ele, a equipe "não jogou nada". O atleta acredita que a evolução na etapa final, quando não só Pedro Henrique marcou o gol da vitória, mas o time também conseguiu escapar da pressão dos mandantes, não se deve apenas aos 10 dias de trabalhos na pausa para a data Fifa.
— Acho que não só a parte física, mas a mental também. Às vezes, o cansaço está aqui (aponta para a cabeça), a gente acaba ouvindo muito e acaba entrando na cabeça de alguns. Nosso time tem força, temos força para jogar mais de 90 (minutos). Às vezes, a gente acaba recuando um pouco, aceitando a pressão do adversário — explicou o camisa 6.
Na zona mista, após a conversa no vestiário, o último atleta a falar com os jornalistas presentes no Couto Pereira foi o capitão Alan Patrick. O camisa 10 acredita que, com a sequência positiva de sete jogos sem derrota, a parte física deverá parar de ser apontada como desculpa.
— Tivemos alguns ajustes e trabalhos físicos. Mas não via essa parte física como um problema. Agora que as vitórias voltaram, se deixa de falar um pouco. A gente sabe o quanto o resultado impacta nisso. Quando não se ganha, se buscam coisas para culpar — avalia Alan Patrick.
— Essa parte física vem de outros comportamentos nossos dentro de campo. Como quando você não consegue ter o controle do jogo e ficar com a bola. Ao meu ver a gente consegue descansar quando fica com a bola. Se em uma segunda parte do jogo você deixa de atacar e fica correndo atrás, é óbvio que vai cansar — complementou.
Em virtude da importância do jogo contra o Independiente Medellín-COL, pela Libertadores, na próxima quarta-feira (28), a comissão técnica colorada deve preservar algumas peças diante do América-MG, no Independência. Jogadores que tiverem algum risco de lesão devem ficar na reserva. A meta é não enfraquecer o time, mas manter o grupo 100% fisicamente para o duelo pela competição continental.